Rabobank: mercado global de oleginosas continuará apertado em 12/13
Kuala Lumpur, 29 – A demanda cada vez maior por óleos vegetais da China e da Índia diante de um aumento mais fraco que o esperado da produção de óleos de palma, soja e canola esgotará os estoques globais de oleaginosas na temporada 2012/13, afirmou nesta quarta-feira, 29, Puwan Kumar, analista de grãos e óleos comestíveis do Rabobank, em Cingapura. A relação mundial de estoque/uso das oleaginosas, importante indicador do aperto do mercado, pode cair para perto de 15%, pouco acima da mínima recorde de 14,6% registrada em 2008/09, disse ele. Ainda assim, o dado é levemente melhor que os 14,5% previstos em novembro pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). “Ao entrarmos no próximo ano comercial, a situação de oferta e demanda dos óleos vegetais ficará mais apertada. Não podemos permitir qualquer choque na produção de oleaginosas”, disse o analista antes de uma conferência sobre o óleo de palma na próxima semana. “O incremento da oferta mundial de óleo de palma será reduzido de 4,5 milhões para apenas 2 milhões a 2,1 milhões de toneladas”, acrescentou ele. O volume fica muito abaixo do crescimento anual médio de 2,3 milhões a 2,4 milhões de toneladas. As importações de óleo de palma da China em 2012 podem subir 7% na comparação anual, para 6,1 milhões de toneladas, impulsionadas por uma forte demanda dos setores industrial e alimentício, de acordo com Kumar. “Ao entrarmos em março, veremos a demanda por óleo de palma da Índia aumentar, uma vez que a safra doméstica de canola deve ser menor” por causa dos danos em várias áreas produtoras de Gujarat e Rajasthan, explicou o analista. A Associação de Extração de Solventes da Índia informou em um relatório no dia 288 de fevereiro que a produção de canola pode somar 6,3 milhões de toneladas no ano-safra 2011/12, ante 6,8 milhões de toneladas em 2010/11. Já a de óleo de palma na Indonésia, maior produtor mundial, provavelmente crescerá 7% em 2012, para cerca de 24,1 milhões de toneladas. Na Malásia, o aumento deve ser de apenas 1,5%, para 19,1 milhões de toneladas, segundo Kumar. As informações são da Dow Jones.
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