Brasil e EUA têm potencial para mercado de energias renováveis
Brasil e Estados Unidos são líderes globais na produção de etanol e estão em níveis bastante próximos nas pesquisas de alternativas energéticas verdes. A tarefa essencial é avançar os acordos comerciais para serem parceiros estratégicos e líderes nesta área – e não concorrentes. Gabriel Rico, CEO da Amcham, diz que “Brasil e EUA têm tecnologias avançadas em diferentes culturas que são comercialmente importantes para ambos.”
O assunto foi um dos temas debatidos em entrevista coletiva após a cerimônia de Posse do Conselho de Administração 2012 da Amcham, realizado nesta quinta-feira (22/03), na Amcham-São Paulo. Participaram também do encontro Myron Brilliant, vice-presidente de Assuntos Internacionais da U.S. Chamber of Commerce, e José Augusto Fernandes, diretor de estratégia da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Além de cooperação energética, considerado um tema estratégico das relações entre os dois países, o debate ainda falou sobre o potencial de produção de alimentos no mundo e os caminhos da produção de petróleo e o espaço do Brasil com a descoberta do pré-sal.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva:
Amcham: Quais as maiores oportunidades na área de energia?
José Augusto Fernandes: No campo de energia, temos duas áreas de grande interesse. Uma é de petróleo e gás. Atualmente, várias empresas americanas já operam no Brasil por meio de parcerias com a Petrobras ou como prestadoras de serviços. O País tem desenvolvido centros de pesquisa com bastante foco na área de petróleo e gás que estão ganhando escala global. A segunda área importante de cooperação é a área do etanol. O Brasil e os EUA são os grandes produtores mundiais de etanol. E há um interesse estratégico de que ambos transformem o etanol em uma commodity global à semelhança do petróleo – sem taxações ou barreiras artificiais. Tivemos neste ano uma evolução muito importante que foi a eliminação na tarifa nos EUA. Foi um avanço importante que cria um novo cenário para essa indústria no Brasil. E temos diálogos entre os dois países para uniformizar padrões técnicos do etanol. Há várias oportunidades associadas a pesquisas de segunda geração nessa área, em que a parceria entre o Brasil e EUA será muito importante.