Energia limpa: oportunidade para expansão
A implantação de tecnologias de energia limpa não está acompanhando na velocidade suficiente o crescimento das energias renováveis. A conclusão consta em um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que faz um radar do progresso das energias limpas de energia a nível mundial. O estudo aponta que a maioria das tecnologias não está preparada o suficiente para contribuir para a redução de dióxido de carbono (CO2) necessária no planeta. O relatório estimula políticas agressivas para promover os benefícios oferecidos pelas técnicas limpas de geração.
O relatório oferece três recomendações para o mercado: nivelar o campo para tecnologias de energia limpa; liberar o potencial de eficiência energética; e acelerar a inovação de energia e apoio público para pesquisa, desenvolvimento e demonstração.
O relatório aponta que muitas tecnologias com grande potencial de geração e de redução de emissões não estão atingindo os resultados que podem. O estudo mostra que não está havendo o investimento necessário para projetos de captura e armazenamento de carbono em escala. A pesquisa revela que quase a metade de novas usinas a carvão ainda estão sendo construídas com tecnologia ineficiente.
Segundo o estudo, a melhoria da eficiência do combustível de veículos é lento e o potencial de eficiência energética permanece inexplorado nos ectores da construção e da indústria. Além disso, apesar de os governos projetarem a ambiciosa meta de 20 milhões de veículos elétricos até 2020, os objetivos dos fabricantes após 2014 ainda são incertos. O mesmo acontece com a energia nuclear, que enfrenta oposição pública.
A publicação destaca o rápido progresso de algumas tecnologias renováveis, como os painéis solares e equipamentos eólicos que
cresceram, respectivamente, 42% e 27% (onshore), na última década, apesar de partirem de uma base pequena de comparação. Além disso, em três anos, houve redução de 75% nos custos do sistema de energia solar fotovoltaica em alguns países.
“Temos a responsabilidade e uma oportunidade de ouro para agir”, disse o vice-diretor-executivo Richard H Jones. Ele alerta que as emissões de CO2 devem aumentar em um terço até 2020, chegando a quase o dobro em 2050. “Tal resultado seria confrontar as gerações futuras com significativas dificuldades econômicas, ambientais e de segurança energética – um legado que eu sei que nenhum de nós quer deixar para trás “, complementa Jones, que apresentou o estudo em Londres, durante um evento sobre energia limpa.