Globo Rural: Paraná tem um plano B para o trigo

 In Clipping, Cooperativismo

Uma movimentação industrial protagonizada por cooperativas pode ajudar a reverter o que ameaça ser uma tendência no Paraná: a redução na produção de trigo. Enfrentando problemas de comercialização e liquidez, o número de produtores que apostam na cultura cai 10% por safra na região. Com o anúncio de dois novos moinhos, um em Cascavel, da Coopavel, e outro em Ponta Grossa, resultado de uma parceria entre as cooperativas Batavo, Castrolanda e Capal, seus líderes pretendem, senão frear, amenizar essa debandada. “Resolver o problema da comercialização nós não vamos, mas, com novas indústrias, teremos um argumento para convencer o produtor a ficar na atividade”, diz Dilvo Grolli, presidente da Coopavel. “O objetivo é auxiliar no escoamento da produção e reduzir a dependência dos leilões do governo”, afirma.

As duas indústrias elevarão para 231 o número de moinhos no país. A Coopavel investiu R$ 43 milhões, e as cooperativas dos Campos Gerais R$ 30 milhões. Juntas, demandarão 240.000 toneladas de trigo (ambas iniciam atividades processando 120.000 toneladas), quase 10% da produção paranaense e 4% da safra nacional, de 5 milhões de toneladas.

Grolli diz que, na região de atuação da Coopavel, onde o cultivo do grão encolheu de 60.000 hectares para 37.000 hectares nas últimas quatro safras, o empreendimento devolverá ânimo ao campo. “A indústria demandará 20% da produção do oeste paranaense, que foi de 600.000 toneladas em 2011. Nosso objetivo é facilitar o escoamento e ter uma opção de cultura de inverno para evitarmos a monocultura do milho. O produtor sabe que isso é fundamental, e com o moinho ele não ficará com o estoque parado.”

Nos Campos Gerais, o moinho vai absorver quase toda a produção local, de 130.000 toneladas. Antonio Carlos Campos, gerente-geral da Batavo, também crê que a indústria poderá segurar o triticultor na atividade e estimulará o plantio, mas não enxerga um horizonte positivo em relação aos preços em curto prazo. “Vamos comprar a produção, mas não podemos garantir preços melhores que os praticados no mercado enquanto não houver mudanças no setor”, afirma.

Para ler na íntegra, clique aqui. 

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