Energia eólica deixa a nuclear para trás até 2020
Levantamento divulgado este mês deu uma boa notícia para quem acha que as energias renováveis são um dos melhores caminhos para desacelerar o aquecimento global: até 2020, a quantidade de energia eólica (produzida pelo vento) gerada no mundo vai ultrapassar a nuclear. Embora países europeus, EUA e China ainda concentrem a maior parte dos gigawatts produzidos, o Brasil é tido como um dos países mais promissores no setor, e já gera a energia eólica mais barata do mundo.
Os dados são da Associação Mundial de Energia Eólica, que informou ainda que, ano passado, o planeta chegou à marca de 237 gigawatts de energia produzida por hora, o que equivale a 280 dos 380 reatores termonucleares que existem no planeta. Nesse ritmo, a energia nuclear será ultrapassada em 8 anos.
Segundo Elbia Melo, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, a energia do vento vai ultrapassar a nuclear por causa de vários fatores. “A nuclear é considerada limpa, mas, no caso de um acidente, os efeitos são muito graves. Além disso, pode depender de matéria prima importada”, lembra. Ela observa também que a tecnologia da energia eólica evoluiu recentemente, tornando-a mais barata, enquanto a energia solar ainda é considerada muito cara.