Plantio direto contribui para aumento da produção brasileira de grãos
O Brasil padece de muitos problemas, mas o setor da agropecuária tem feito a lição de casa. O estado de Mato Grosso está no auge da safra da soja. Em uma das propriedades, os tratores seguem logo atrás das colhedeiras plantando em uma operação quase que simultânea. Na poeira da colheita, faz-se o plantio de uma nova safra. Essa maneira de cultivo vem servindo de exemplo pelo mundo. Enquanto que em outros lugares o normal é ter uma safra por ano, o Brasil está na segunda e chegando à terceira safra anual.
O plantio direto é o divisor de águas da agricultura brasileira na opinião de Decio Gazzoni, pesquisador da Embrapa, ex-assessor da Presidência da República em planejamento estratégico de segurança alimentar.
No sistema tradicional de cultivo, todo ano o agricultor tem que fazer uma nova aração. Assim, o solo fica exposto por um longo período, até que a cultura a ser plantada se estabeleça na terra. Depois do arado, o costume é passar a grade e a lâmina niveladora. Assim, o terreno fica todo remexido, escarificado, frágil e nenhuma proteção. No plantio direto, o preparo do solo acontece uma única vez. Depois, o terreno fica sempre coberto.