Carambeí comemora um século de Holanda no Paraná
Auguste Saint-Hilaire, naturalista francês, ao percorrer a região dos Campos Gerais, por volta de 1820, escreveu: “Esses campos constituem inegavelmente uma das mais belas regiões que já percorri, desde que cheguei ‘a América. Suas terras são menos planas e não se tornam monótonas como as nossas planícies de Beauce, mas as ondulações do terreno não chegam a ser tão acentuadas de maneira a limitarem o horizonte. Até onde a vista pode alcançar, descortinam-se extensas pastagens, pequenos capões onde sobressai a valiosa e imponente araucária, que surge aqui e ali nas baixadas, o tom carregado de sua folhagem contrastando com o verde claro e viçoso do capinzal.”
O turista vai gostar de ver a Represa de Alagados, o entardecer em Carambeí, o rio Tibagi, a Foz do Tamanduá, o Orquidário e Cactário Taman Batoe ou Jardim das Pedras e também de conhecer a maior bromélia do Brasil.
No primeiro século dos holandeses no Paraná, os imigrantes criaram o sistema de cooperativa no Estado, fizeram a passagem da pequena propriedade para a agricultura extensiva, cultivaram o arroz .Para conseguir os bons resultados e o êxito nos empreendimentos de toda a comunidade, foram buscar, na década de 50, agrônomos especializados para o melhor aproveitamento da terra na Argentina e Uruguai e a diferenciação genética nos rebanhos, selecionando animais vindos da Holanda.