Ano da Holanda: Filmes para pequenos cidadãos
DIA DAS CRIANÇAS É A MAIOR DIVERSÃO
FERIADO Festival Internacional de Cinema Infantil começa hoje, no Recife, em três salas da cidade. A abertura acontece às 10h, com a produção alemã Os três ladrões, no São Luiz
Tradicionalmente, o Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici), em sua 9ª edição, começa no Recife no Dia das Crianças. Na verdade, o Fici é uma operação tão gigantesca que é preciso dois meses de itinerância para cobrir 10 cidades brasileiras. Começa no início de setembro em São Paulo e só termina na última semana de outubro, em Belo Horizonte. Desde o ano passado, a versão recifense consolidou-se ainda mais com a programação se espalhando por três salas: São Luiz, Rosa e Silva e Cinema da Fundação.
Hoje, na abertura do evento, marcada para às 10h, no Cinema São Luiz, o filme escalado para abrir o apetite das crianças e seus acompanhantes é a animação alemã Os três ladrões (2007), de Hayo Freitag. Em termos de arte, o filme lembra um pouco o francês As bicicletas de Belleville (2003). Mas as comparações param por aqui porque Os três ladrões é um filme feito especialmente para o público infantil. A história é sobre uma menininha órfã que segue para um castelo nas montanhas e é surpreendida por três ladrões de estrada. Vendo ali a chance de se livrar da tia malvada, a menina diz para os ladrões que ela é uma princesa riquíssima.
De acordo com a organização do Fici, cerca de 100 filmes serão exibidos de hoje até o dia 23. Em cartaz, muitos longas e curtas-metragens inéditos em versões dubladas, vindos de 20 países. Um dos maiores destaques é a mostra A Arte do Cinema Japonês para Crianças, composta por cinco filmes, com apenas um conhecido do público brasileiro, o bonito Ponyo – O amigo que veio do mar (2008), de Hayao Miyazaki. Os inéditos são Komaneko (2006), de Tsuneo Goda, sobre um gatinho que mora com a avó na montanha e adora fazer bonecos para usar em filmes de animação, O mundo encantado de Gigi (2009), de Rintaro, que segue as aventuras de uma menina órfã que se fantasia de pinguim e se imagina um deles, O diário do panda (2008), de Tadashi Mori, sobre dois irmãos pandas de quatro anos, e As grandes aventuras da abelha Hutch (2010), de Tetsuro Amino, que conta a história de uma abelhinha em busca da mãe.
Para comemorar o Ano da Holanda no Brasil, serão apresentados quatro longas-metragens. Um deles foi um dos principais destaques do ano passado: Iep! (2010), de Elen Smit, que maravilhou crianças e adultos com a história de uma menina-pássaro. Os outros três são African Bambi (2007), de Alan Miller, Um presente para Winky (2005), de Mischa Kamp, e Sopa de sapo (2009), de Simone van Dusseldorp.
Da Europa, ainda vão ser exibidos os dinamarqueses Meu amigo Storm (2009), de Giacomo Campeotto, e O grande Urso (2011), de Esben Toft Jacobsen, o norueguês Poli, o fusquinha da polícia (2009), de Rasmus A. Sivertsen, o alemão A poeira dos sonhos (2010), de Nathan Greno e Byron Howard, e o estoniano O menino que queria ser Viking (2010), de Katrin Laur. Da África e Ásia, vieram Soul boy – À procura da alma (2010), de Hawa Essuman, uma produção entre a Alemanha e o Quênia, e o longa em episódios Contos indianos, (2009), de Munhal Shroff e Tilakraj Shetty.
Alguns filmes mais conhecidos da criançada também vão ser oferecidos pelo Fici, entre eles as animações Animais unidos jamais serão vencidos (2010), dos alemães Reinhard Klooss e Holger Tappe, Os smurfs (2011), de Raja Gosnell, e a produção da Disney Enrolados (2010), de Nathan Greno e Byron Howard. Neste grupo, entram ainda o brasileiro Desenrola (2010), de Rosane Svartman, e Matilda (1996), de Danny De Vitto.
As tradicionais sessões com dublagens ao vivo também estão de volta, com concorridas sessões especiais O Pequeno Cientista (que exibe o documentário Oceanos), e O Pequeno Jornalista (com Ponyo – O amigo que veio do mar).
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