Frísia, na Holanda, é a terra natal da vaca da raça holandesa
O dia de Jacob Zilstra começa às seis da manhã. Na rotina do holandês que, espontaneamente, aprendeu a falar português, ele dá bom dia duas vezes, de maneiras bem distintas. A primeira é logo depois de deixar a casa para ir ao estábulo do sítio onde mora, na periferia de Carambeí, Paraná.
Jacob tem 60 cabeças de vaca, que produzem 1.400 litros de leite por dia. Em muitas regiões do Brasil, esse volume seria grande, mas com tantos super produtores na região, ele mesmo se considera pequeno.
Por volta das sete horas, ele chega à fazenda que tem o mesmo nome da famosa região de gado leiteiro do norte da Holanda: Frísia. Na cozinha da sede, ele dá, em holandês, o segundo bom dia, já na condição de empregado.
Todos os dias o patrão Bauke e Jacob fazem a primeira refeição juntos, costume que vem desde quando Jacob veio fazer intercâmbio na casa dos pais de Bauke. Por isso, eles se consideram meio irmãos.