Cooperativismo moderniza-se no setor rural, segundo OCB
As empresas cooperativistas passam por um processo de aglutinação, por meio de fusões e aquisições, no Brasil. O movimento é capitaneado pelo setor agropecuário, de acordo com a Organização Brasileira das Cooperativas (OCB). Outra tendência do modelo, no campo, é a industrialização: cooperados paranaenses devem investir R$ 1,1 bilhão em projetos de agroindústria e armazenagem ao longo deste ano.
De um total de R$ 1,3 bilhão, em investimentos previstos para 2012, 85% estão empenhados para a construção de silos, moinhos e frigoríficos, além da execução de compras e ampliações da área industrial, segundo a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), que reuniu sua assembleia na semana passada e elaborou a estimativa.
“A armazenagem é o grande demandador de investimentos das cooperativas”, afirma o gerente do campo técnico-econômico da Ocepar, Flávio Turra. São R$ 486 milhões em aportes que, basicamente, vão para a construção de silos graneleiros, ampliando a capacidade dos armazéns gerais do Paraná para 28,5 milhões de toneladas estáticas – hoje, o estado é capaz de armazenar 27 milhões, a granel.
Com isso, as safras ganham um novo suporte – insuficiente, até então -, a indústria recebe apoio logístico e a segregação de grãos avança, o que importa particularmente para a cultura do trigo, que está chamando a atenção dos cooperados paranaenses.
“Até nos surpreendeu quando fizemos o levantamento, pois o trigo passou a liderar os investimentos”, afirma Turra, explicando que os triticultores buscam liquidez financeira por meio do processo de industrialização, ou seja, com a construção de moinhos para transformar o próprio grão em farinha.
Em se tratando de pecuária, os investimentos empenhados somam R$ 275 milhões e envolvem a aquisição de um abatedouro de aves no Município de Ubiratan, a construção de dois frigoríficos em São João e Mandaguari, ampliações de plantas industriais e compra de maquinário.
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