Expocarambeí vai mostrar avanços na produção de leite
A edição da Expocarambeí, a ser realizada nos dias 18 e 19, no Parque Histórico de Carambeí, região dos Campos Gerais, vai apresentar os resultados da imigração holandesa na pecuária leiteira do Paraná. “A bacia leiteira dos Campos Gerais é, para mim, a melhor do país”, afirma o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara. As médias na produção de leite conquistadas na região dos Campos Gerais ultrapassam a média nacional. Segundo acompanhamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a média de produção por vaca/dia nacional é de 5 litros, a paranaense é de 10 litros e nos Campos Gerais é de 15 litros.
A bacia leiteira dos Campos Gerais contribui para que o Paraná ocupe o terceiro lugar no ranking dos maiores produtores de leite, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná fica atrás apenas de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Nos Campos Gerais, está o município que mais produz leite no País: Castro.
Além do bom desempenho na produção, a qualidade do leite também é reconhecida. De acordo com Ortigara, isso ocorre porque os produtores da região estão em busca de aperfeiçoamento e as cooperativas agroindustriais estão fazendo investimentos para agregar valor ao produto in natura. Prova desses investimentos é o índice apresentado pela região, que conta com 2,25% do número de produtores do Estado e uma produção que ultrapassa 14% do total de leite produzido no Paraná.
O professor de Melhoramento Animal, do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná, Newton Pohl Ribas confirma os resultados. “Essa região representa atualmente um dos melhores núcleos de produção de leite no país”, aponta. As técnicas de manejo, nutrição e de saúde animal compõem um conjunto de fatores que faz com que os rebanhos mais produtivos do Brasil se concentrem na região. Esses animais também são frutos de seleção e melhoramentos genéticos. “Hoje esses produtores são fornecedores de genética às demais regiões do país”, afirma o especialista.
Trabalhar com leite de maior qualidade reverte em bonificação para os produtores. Um leite que tem concentração de gordura atende às indústrias do queijo e representa um acréscimo de 20% no valor final. “Espero que esses novos investimentos, da Batavo na Frísia por exemplo, possam agregar mais valor, pois ainda temos muito dessa cadeia para aproveitar, como na fabricação de queijos e outros derivados”, ressalta Ortigara.
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