Rio+20: "É hora de índios presidirem a Funai"
O Brasil precisa ter uma política verdadeiramente indigenista, que dê poder aos índios, em cargos de comando no governo, principalmente na Funai (Fundação Nacional do Índio). A opinião é do líder indígena Marcos Terena, idealizador da Kari-Oca, encontro que reúne desde hoje 400 índios, de 14 etnias brasileiras, e 20 representantes de tribos dos Estados Unidos, do Canadá, Japão, México e da Guatemala, durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável).
“Na verdade, não existe política indigenista no Brasil. Nós esperamos que as nossas discussões aqui sirvam de política indigenista para o nosso país. Temos que construir isso para que o índio seja parte do processo. A Funai já teve todo tipo de presidente, militar, antropólogo, indigenista, representantes da igreja, menos índio. Se é para errar, deixa o índio mostrar se tem capacidade de exercer o poder, não só de ser considerado um problema. Exigimos esse reconhecimento.”