Cooperativismo é ressaltado no documento oficial da Rio+20
Parágrafos que mencionam a importância do seguimento são relativos à geração de empregos e segurança alimentar e nutricional
Após a última reunião para negociar o documento base da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada nessa sexta-feira, 15 de junho, foram mantidas as citações ao cooperativismo nos parágrafos quanto à geração de empregos sustentáveis e segurança alimentar e nutricional. O Brasil, por meio dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE), trabalhou intensivamente a inserção do tema no texto final.
“O destaque ao cooperativismo, inclusive agrícola, é uma grande conquista. O Mapa, desde o início dos debates, reconhece a importância do papel do cooperativismo e das cooperativas para a sustentabilidade social, econômica e ambiental”, explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.
Relativo à importância na geração de empregos, um dos parágrafos reconhece como fundamental a parceria entre governo e pequenas e médias empresas, inclusive cooperativas. Já quanto à segurança alimentar e nutricional, o texto sugere para essa finalidade o aumento da produção agrícola sustentável no planeta, por meio da melhoria do funcionamento dos sistemas de negociação internacional e fortalecimento das cooperativas agrícolas.
A negociação do cooperativismo na conferência, com enfoque na produção agropecuária sustentável, ocorreu durante uma reunião preparatória para a Conferência da ONU, na sede da entidade, em Nova York. Na época, o tema foi defendido por meio do Grupo dos 77 países mais a China, que conta com a adesão de nações como Índia e Argentina, além de todas as nações do continente africano. Apesar de 2012 ser considerado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, o tema não estava previsto nas discussões internacionais da Rio+20.
Nos próximos três dias da Conferência da ONU, representantes de 193 países se reúnem para a segunda etapa das negociações que antecedem a reunião de cúpula dos ministros e chefes de Estado e de Governo, nos dias 20 a 22. Nesta fase, os negociadores se concentrarão nos temas apontados como essenciais pela comunidade internacional.
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