Cooperativismo: Brasil pode ser líder de programa de economia verde
De acordo com Roberto Rodrigues, as cooperativas estão servindo de ponte entre o bem-estar coletivo e o mercado, buscando melhores práticas de governança e gestão.
O cooperativismo se firma como motor de igualdade social e inclusão econômica, de acordo com o embaixador da ONU para as cooperativas, Roberto Rodrigues. Esse fato levou a ONU a promulgar 2012 o Ano Internacional das Cooperativas, reconhecendo o papel das cooperativas na promoção da paz.
Rodrigues participou do painel online “Cooperativas constroem um mundo melhor”, promovido pelo Sicredi e transmitido no blog www.gentequecooperacresce.com.br. Segundo ele, as cooperativas atuam como uma ponte entre o bem-estar coletivo e o mercado. “Precisamos de um projeto que volte a atenção das pessoas para uma economia mais verde, onde a atuação de pequenos produtores contribui para uma produtividade sustentável, com a distribuição de renda e desenvolvimento inclusivo. Isso pode fazer com que o Brasil seja um dos principais players em sustentabilidade em nível mundial. Queremos que o próximo prêmio Nobel da Paz venha para as cooperativas”, disse.
Para que isso ocorra, Rodrigues aponta a governança corporativa como o ponto principal a ser perseguido pelas cooperativas, superando limitações a partir da atuação em rede. “O respeito a esses princípios fez com que os bancos cooperativos e cooperativas de crédito e outros ramos pudessem superar crises como a dos anos 80, na Ásia, e a que está em curso atualmente na Europa e Estados Unidos”, recorda.
Cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo são integrantes de cooperativas de diferentes ramos como o de crédito, agricultura, saúde, entre outros, que geram mais de 100 milhões de empregos em 100 países.