Parque Histórico quer ampliar acervo fotográfico
Historiadores pretendem expandir a narrativa oficial de Carambeí por meio da história registrada em fotografias.
O Núcleo de História e Patrimônio do Parque Histórico de Carambeí quer ampliar o acervo fotográfico do museu e contar a história do município registrada por meio da fotografia. Por isto, a Associação Parque Histórico mais uma vez pede a comunidade que se sensibilize e ceda fotos ligadas a história de Carambeí até o ano 2.000. Mais informações pelo e-mail [email protected], ou telefone 42 3231-5063.
A campanha para arrecadação de fotos tem por finalidade expandir o acervo fotográfico do Parque e integra o Projeto História Visual, que está vinculado ao Programa Memória Plural. Com as fotografias o Núcleo de História e Patrimônio pretende ampliar as narrativas oficiais da história de formação de Carambeí, incluindo outras etnias tão importantes quanto a holandesa, como os indonésios, italianos, poloneses, portugueses e alemães.
O museu inicia uma nova fase em seu trabalho, agora quer conhecer a história de todas as pessoas que passaram por Carambeí e faz um apelo para que comunidade empreste seus registros pessoais para que estes sejam digitalizados pelo Núcleo de História e Patrimônio.
“Para o Parque Histórico é interessante conhecer todas as memórias, fotos da vida privada, relações interpessoais, relações com a sociedade, registros de trabalho, tudo é importante para o nós. Pode ser uma pessoa que não more mais em Carambeí, mas que passou por aqui até os anos 2.000. Inicialmente o foco eram apenas fotos antigas, mas agora queremos expandir a história do município”, explica o historiador Leonardo Pugina.
A equipe de historiadores da instituição afirma que os registros fotográficos possuem uma narrativa que precisa ser contada ao público, que por meio de fotos é possível descobrir muitas coisas, um exemplo são os cenários que compõe as alas museais do Parque Histórico e que foram montados de acordo com registros fotográficos da comunidade.
“O Parque Histórico foi construído com base em fotos que ajudaram a reproduzir cada um dos espaços expostos no museu, conseguimos reconstituir um período e o modo de vida na comunidade em seu contexto. Com este fato pudemos perceber o quanto os registros fotográficos são importantes documentos para a reprodução da narrativa contada pelo museu”, relata Felipe Pedroso, historiador e coordenador cultural do Parque Histórico.
Desde a inauguração da Casa da Memória, em 2001, o museu possuía apenas 700 fotos. Em 2017 o Núcleo de História e Patrimônio realizou uma campanha e solicitou que a comunidade emprestasse álbuns antigos de família, após a ação o aumento no acervo fotográfico foi expressivo e atualmente o Parque possui mais de 8 mil imagens digitalizadas.
A maioria da fotos que integram o acervo documental da intuição são de pessoas que possuem ou tiveram relações com a imigração holandesa. Felipe conta que o expressivo número de fotos de imigrantes holandeses é devido ao costume que estes tinham de fotografar. “Era relativamente comum que integrantes da comunidade de imigrantes neerlandeses possuíssem câmera fotográfica portátil, tecnologia já difundida na Europa neste período e trazida pelos imigrantes, criou-se então o hábito de fotografar, percebe-se isto pelo volume de fotos que há no museu”, finaliza.