Koffiehuis Parque Histórico oferece workshop de acessibilidade para equipe
A atividade proposta utilizou de artifícios para que os funcionários do estabelecimento gastronômico entendam as dificuldades dos clientes com necessidades especiais.
O Koffiehuis Confeitaria e Restaurante é um estabelecimento gastronômico que fica no maior museu histórico a céu aberto do Brasil, o Parque Histórico de Carambeí. Em conformidade com o calendário de atividades realizadas pelo museu o Koffiehuis participa de ações conjuntas com a instituições, por isso foi oferecido a equipe do estabelecimento gastronômico o Workshop de Acessibilidade Sentir-se no Outro.
O treinamento aplicado por Bruna Pontes, especialista em educação especial e inclusão, teve a finalidade de preparar a equipe para atender os clientes de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Os funcionários do Koffiehuis participaram do treinamento separadamente da equipe do Parque, pois cada setor possui atividades distintas e o modo de atender o público precisa ser diferenciado.
Bruna optou em realizar o workshop para a equipe no Koffiehuis no ambiente de trabalho, com o intuito de mostrar que o espaço conhecido pelos funcionários possui muitos obstáculos para pessoas com necessidades especiais. “A correria do dia a dia nos faz tornar tudo mecânico. Inclusive o nosso lado humano, minimizando as reflexões sobre a necessidades de quem está próximo de nós. Busquei fazer uma vivência simples em locais conhecidos pelos participantes, porém, sob uma nova perspectiva: o desafio de ter alguma necessidade especial”.
Cada funcionário do Koffiehuis utilizou de artifícios como: vendas, cadeiras de rodas, tampões e fones de ouvido para se colocar no lugar de uma pessoa com necessidades especiais e entender as dificuldades deste público ao entrar no estabelecimento. O ambiente tão familiar para Lesiane Machado, atendente do Koffiehuis, a deixou insegura ao colocar uma venda para conhecer as dificuldades encontradas por um deficiente visual que chega ao estabelecimento. “Essa experiência me fez refletir, entender que algo tão simples como comer é difícil para quem não enxerga. Quando for atender alguém com alguma necessidade especial preciso ser mais atenciosa, facilitar ao deixar os produtos próximos e fazer o possível para que esta pessoa sinta-se bem”.
As pessoas idosas também possuem limitações e Auricéia Meijerink, vendedora no souvenirs do Parque que fica anexo ao Koffiehuis, participou do worskhop utilizando de pesos com areia para entender que atividades corriqueiras não são simples quando realizadas por pessoas com idade avançada. “Me senti com limitações, na simulação com os pesos de areia. Me ajudou muito, sentindo na pele o que é ter uma necessidade especial, compreendendo que as pessoas nesta condição precisam de atenção e paciência, para as tarefas a serem realizadas têm um ritmo mais lento do que se executadas pelos mais jovens. Foi muito válido o workshop, nos faz olhar e agir de forma realista, compreendendo o que o outro sente, nos colocando no lugar dele”.
Para Ellyanara Weiber, que trabalha como caixa no Koffiehuis, a experiência mostrou o quanto é necessário ficar atenta aos sinais do público. “Nós não temos noção do que se passa com uma pessoa com necessidades especiais, a experiência nos fez compreender um pouquinho das dificuldades enfrentadas por estas pessoas. Com o workshop pudemos entender que é importante observar mais e estar sempre disposto a ajudar”.
Auricéia reforça que experiência transformou a equipe para que tenha empatia ao atender o público. “É notável a diferença de olhar que temos, quando antes da simulação, apenas conversamos sobre o assunto. Depois da experiência, vemos a situação de como atender o público de forma bem mais próxima e sensível”.