Scrapbook de fotografias que conta a história da CCLPL é doado ao Parque Histórico
O Núcleo de Patrimônio e História do Parque Histórico de Carambeí, maior museu histórico a céu aberto do Brasil, recebe doação de livro com fotos e anotações referente a Cooperativa Central de Lacticínios LTDA (CCLPL), o material de inestimável valor histórico pertenceu a Simon e foi doado por seu filho Pieter Biersteker.
Cada fotografia possui uma anotação em holandês
“Este é um importante documento histórico que agora está sob posse do Parque Histórico de Carambeí, o livro artesanal, no estilo scrapbook, pertencia ao senhor Simon e conta com fotografias e anotações em holandês. Sem dúvidas é uma valiosa fonte para se compreender a construção, daquele que foi um dos marcos da história de Carambeí: a CCLPL. A edificação da fábrica representa a ascensão econômica dos imigrantes holandeses e seus descendentes e uma oportunidade de trabalho para pessoas do entorno da então colônia. Também representou um salto na industrialização do interior do Paraná, que contava inclusive com maquinário de ponta para a época”, relata Felipe Pedroso, historiador e coordenador cultural do Parque Histórico.
O álbum contempla fotos desde a construção da Cooperativa Central
A cooperativa foi um marco para o desenvolvimento econômico do município e empregava um número expressivo de moradores da cidade, expõe o historiador. “A CCLPL foi muito importante para a região e principalmente para Carambeí, foi a partir dela que boa parte da população obtinha renda, direta e indiretamente, sejam os cooperados, funcionários ou trabalhadores informais. A fábrica da cooperativa também atraiu centenas de mão de obra, foi por meio desse processe de industrialização que Carambeí começou a caminhar rumo ao desenvolvimento”.
O prédio da CCLPL
Felipe ficou animado com a doação, que agora compõe o acervo do museu, tendo em vista a ligação afetiva que comunidade teve e ainda tem para com a CCLPL. “É muito bacana esse documento estar agora no acervo do Parque Histórico, visto que a população mais antiga tem um forte apego emocional a tudo que a Cooperativa Central representou e possibilitou para a cidade e os indivíduos que aqui escolheram para viver”.
