Corpo técnico do Parque Histórico participou de encontro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência

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Os gestores da instituição realizam ações e aplicam práticas para tornar o museu inclusivo.

O corpo técnico do museu Parque Histórico de Carambeí participou do evento de conscientização promovido pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. O encontro, realizado no Centro de Convivência do Idoso, foi direcionado para o atendimento prestado pelo serviço público.

A presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Tamiris Sinhuri, animou-se com a participação da equipe do museu. “Vejo com um olhar muito delicado da gestão do Parque Histórico buscar conhecimento nessa área. A instituição participou com muitos funcionários, uma excelente iniciativa, incentivo que vem como diferencial, pois instituições privadas não são obrigadas a realizar capacitação como esta. É muito válido buscar conhecimento para que a visita do turista com deficiência seja mais acessível”.

“A acessibilidade cultural é um termo que promove, sem distinção, o direito ao acesso a todas as manifestações culturais. O museu ou qualquer instituição cultural precisa estar preparado para receber diferentes públicos e então pode e deve utilizar de recursos, sejam esses, vias de acesso seguras, sonoros, visuais e de apreciação: como o toque. O Parque Histórico de Carambeí possui um compromisso com a cultura da inclusão, capacitando seus profissionais e melhorando a locomoção nos espaços, para dar conta da sociedade plural na qual nos inserimos, promovendo o diálogo permanente entre história e seu público”, a historiadora Karen Barros fala do compromisso que a instituição possui em tornar o espaço e suas ações mais acessíveis.

Desde 2016, os gestores do Parque Histórico de Carambeí buscam políticas inclusivas para atender pessoas com necessidades especiais. Participar do evento organizado pelo Conselho da Municipal da Pessoa com Deficiência foi uma oportunidade para conhecer e entender as necessidades desse público para melhor atendê-lo. O diferencial do evento foi a participação da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (APADEVI), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Escola Bilingue para Surdos Geny de Jesus Ribas e do Grupo Superação formado por mães que dão suporte aos autistas. Na oportunidade, pessoas que passam por dificuldades com a acessibilidade e profissionais que trabalham com pessoa com deficiência (PCD) relataram suas experiências.

“Foi muito proveitoso ouvir sobre o assunto na voz de quem possui alguma deficiência, foi o diferencial. O encontro nos permitiu entender como atender a um surdo ou cego que visitar o museu”, a mediadora do Parque Histórico, Fernanda Rodrigues achou pertinente a participação no evento.

Historiador e coordenador do Núcleo Educativo do museu, Lucas Kugler tem contato direto com o público. Ele participou de outros treinamentos organizados pela instituição museal e afirmou que é primordial que todos conheçam e saibam lidar com os turistas e suas particularidades. “Este encontro nos propiciou uma importante experiência. O contando com a sensibilidade para que possamos entender melhor a realidade dos visitantes PCD’s que frequentam e podem vir a frequentar o Parque Histórico. Compreender em qual parte precisamos melhorar, seja na acessibilidade estrutural ou comunicativa, nos possibilita democratizar mais ainda o acesso ao museu. Enquanto representante do Núcleo Educativo, é vital que o nosso setor esteja capacitado para atendermos todos os públicos visitantes”.

Ana Caroline Mika, estagiária da mediação no museu, fez considerações de melhorias para um primeiro momento, a partir da discussão levantada no encontro. “Quando houver PDC’s, precisamos atender grupos menores. Na experiência de visitação, ao dispormos de objetos para interação seria um diferencial. Outra sugestão é a promoção de ações direcionadas para esse público, mas para isso necessitamos passar por algumas adequações”. A estagiária ainda comenta que para realizar mudanças e implantar novas ações o essencial é dar voz a esse público. “Para isso devemos ouvir essas pessoas e convidá-las a nos ajudar a atender melhor como suprir as necessidades mais urgentes”.

Barros reforça que é importe um diálogo com o público para tornar o espaço museal apto para receber a todos. “Ao ouvir e compartilhar podemos pensar em como contribuir para a democratização do acesso, essa é uma pauta extremamente importante para nós, e estamos comprometidos em tornar o nosso museu acessível para todas as pessoas”.

Para o monitor do Parque Histórico, Victor Jensen é essencial ter empatia no trabalho realizado. “Achei válido no desenvolvimento do meu comportamento com o próximo, no sentido de pensar como eles pensam, e tentar com isso agir da melhor forma”. Expõe que no museu precisam proporcionar um passeio diferenciado. “Em nosso trabalho com o público o objetivo é criar uma experiência única a todos, seja qual for a condição do visitante, fazer com que o dia deles se torne um grande momento no Parque. E pessoalmente falando, levarei para vida esse aprendizado”.

Acessibilidade Implantada no Museu

O Parque Histórico adotou práticas para tornar a estrutura do museu mais inclusiva. Todas as construções da ala museal da Vila Histórica possuem rampas de acesso e corrimão. Os espaços ainda contam com sonorização de modo que possa transportar o deficiente visual para o cenário representado por meio do som ambiente. A instituição disponibiliza cadeira de rodas e carinho elétrico para pessoas com dificuldade de locomoção. A Casa da Memória possui placas em braile, para identificação dos ambientes. Ainda neste local, foi implantado o QRCode que direciona o visitante para um audioguia que explica sobre as exposições.

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