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Museu organiza o 13º Natal no Parque

Em dezembro o Parque Histórico de Carambeí se tornará palco do maior evento natalino da região.

O evento mais esperado do ano está chegando, o Natal no Parque. Entre os dias 1 e 23 de dezembro o Museu Parque Histórico de Carambeí (MPHC) se tornará cenário de uma das principais festividades natalinas dos Campos Gerais.

Consolidado, o Natal no Parque atrai visitantes de todas as cidades do Estado. A encantadora área museal está decorada e iluminada para proporcionar uma imersão na magia natalina. Com uma extensa programação, o museu se apresenta como um espaço dinâmico preparado para receber públicos distintos, as atrações contemplarão grupos de sete cidades da região: Carambeí, Castro, Curitiba, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Palmeira e Irati.

A encenação do cotidiano dos imigrantes com o Museu Interativo, o Desfile de Natal e o espetáculo do nascimento do menino Jesus farão dos sábados o ponto alto da festividade.

Uma praça de alimentação recheada de sabores e uma visita ao Papai Noel em sua encantadora casa vão cativar a todos. Com queijos de produção artesanal e local, produtos importados, artesanato local, joias e brinquedos a Feira Natalina do museu é um convite para antecipar a compra dos presentes da família e amigos.

O Natal no Parque é um vento com cunho beneficente, como é tradição durante o mês de dezembro o museu arrecadará alimentos não perecíveis que serão destinados à Rede Feminina de Combate ao Câncer e a Chácara Rainha da Paz.

Serviço:

Aos finais de semana o ingresso para prestigiar o Natal no Parque será R$40,00 e 1kg de alimento, a meia-entrada R$20,00 e 1kg de alimento. Durante a semana o ingresso será R$30,00 e 1kg de alimento, a meia-entrada R$15,00 e 1kg de alimento. Para moradores de Carambeí cadastrados o ingresso será 1kg de alimento. Mais informações pelo telefone 42 98433-4639, a programação completa está disponível no site www.aphc.com.br.

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Negros em fotografias da colônia de Carambeí

Por Henrique Proença

A formação da cidade de Carambeí está diretamente ligada ao tropeirismo. Como a região está próxima da rota de viagem desse grupo, havia a procura de lugares seguros para o pouso, para aqueles que procuravam por localidades distantes como o viajante e botânico naturalista August Saint-Hilaire descreve em seus relatos sobre a passagem de Castro, onde os líderes das comitivas temiam pelo gasto de dinheiro de seus homens em bordéis:

 “[…] Por  isso  os  donos das tropas de burros evitam cuidadosamente os povoados e procuram  pernoitar em lugares isolados ou em ranchos distantes das vilas e arraiais. Quando não podem evitar os povoados, seus tropeiros escondem os burros a fim de poderem passar mais  tempo em farras com as mulheres[…]” SAINT-HILAIRE., p. 53.

A procura por pequenos agrupamentos existia, assim, por exemplo aconteceu na fazenda de Capão Alto, em Castro e na Fazenda Carambehy local de paragem e passagem de tropeiros, como é comentado no livro “Formação histórica de Carambeí: Etnias, cultura e território”:

A consolidação da sesmaria a Pedro Taques de Almeida uma das medidas adotadas […] Foi a obrigatoriedade de que se fizesse um curral de gado […] Nessa época os Campos Gerais (e por conseguinte Carambeí) estavam sob a jurisdição de Curitiba que ficava na capitania de São Vicente. Posteriormente tornar-se ia caminho das tropas de muares e vacuns que vinham de Viamão (atual Rio Grande do Sul) para Sorocaba (atual Estado de São Paulo (2008, p. 21-22).

Muitos desses lugares tiveram suas práticas mescladas com a de tropeiros, mantendo assim essa memória presente na atualidade, fruto de relatos de viajantes e memorialistas. Além da própria população da época que mesclava as práticas.

O Brasil e, mais especificamente o Paraná possuíam a presença de europeus como os portugueses que deram origem aos luso-brasileiros e caboclos que eram resultados da miscigenação, estes viviam livres pelo território. Suas famílias, não possuíam casas próprias e a concentração da população estava no litoral, enquanto na região mais central do Estado não havia moradores, diante desses aspectos o governo iniciou um processo de colonização em regiões internas. Essas colônias começam a surgir no século XIX visando a inserção de mão de obra europeia a fim de substituir o trabalho de negros escravizados, assim como discorre Paula Beiguelman em seu livro A crise do escravismo e a grande imigração.

A colônia de Carambeí surge no século XX com a imigração e migração de holandeses que tinham imigrado primeiramente a colônia de Irati, mas devido a dificuldades com o plantio, foram cooptados pela divulgação da nova colônia pela Railway Company para tentarem se estabelecer em novo solo. A partir do acervo do Museu Parque Histórico de Carambeí podemos ver evidências de que a colônia possuía a presença de diferentes grupos étnicos durante sua existência, o que contribuiu para que a cidade possua uma rica diversidade populacional entre seus habitantes.

Após a abolição, em 1888, houve uma enorme quantidade de pessoas negras escravizados que foram libertadas sem auxílio de governo ou de seus ex senhores, os levando aos trabalhos que apareciam. Os antigos donos de escravos não pagariam para que o trabalho que era feito de graça, fosse remunerado.

Por meio de documentos fotográficos presentes no acervo do Museu Parque Histórico de Carambeí encontramos várias evidências de que a população negra encontrou em Carambeí um lugar para se viver e se socializar, interagindo com outras populações e fazendo parte da história da região como indivíduos presentes desde o início da colônia e da cidade, mesmo essa história não estando presente em livros e na própria narrativa da região.

Na primeira imagem, observamos a representação de dois homens negros  engajados em atividades agrícolas, sendo conduzidos por cavalos em uma carroça. Essa imagem remete a reflexões importantes sobre a natureza do trabalho desempenhado por eles na época retratada, que provavelmente ocorreu durante o século XX na região dos Campos Gerais. É particularmente interessante considerar o contexto histórico em que essa atividade era realizada. A agricultura, predominantemente, foi central no trabalho escravo ao longo dos séculos no Brasil. Após a abolição da escravidão, muitos indivíduos libertos enfrentaram desafios significativos, incluindo a falta de oportunidades de emprego e de formação educacional adequada. No entanto, essas pessoas traziam consigo a experiência adquirida durante o período de escravidão, que se tornou uma base fundamental para a busca de trabalho remunerado. Ao se tornarem livres, esses indivíduos procuraram oferecer suas habilidades e conhecimentos agrícolas em troca de uma renda, ao mesmo tempo em que buscavam um ambiente de trabalho que lhes garantisse tratamento humano e digno, diferentemente das condições em que eram considerados propriedades. A imagem nos convida a refletir sobre a continuidade das práticas agrícolas na região dos Campos Gerais, mesmo após a abolição da escravidão. Ela evidencia a resiliência e a capacidade de adaptação desses indivíduos, que utilizaram suas experiências prévias para sobreviver e prosperar em um contexto pós-escravidão, buscando autonomia e uma nova forma de inserção na sociedade.

 

 

Ao longo dos anos, os colonos dos Campos Gerais estabeleceram cooperativas para impulsionar a economia local. A primeira delas foi a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Laticínios Batavo, fundada em 1925. Posteriormente, em 1954, tornou-se a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná, que abriu portas para diversas oportunidades de emprego na região. Um ponto interessante sobe ambas é que elas proporcionaram empregos não apenas para os descendentes de colonos, mas também para os negros descendentes de escravizados. Essa inclusão de mão de obra diversificada contribuiu para a formação de uma sociedade mais diversa e ofereceu novas perspectivas para os que estavam à margem.

 

 

 

Além do aspecto econômico, as cooperativas também desempenharam um papel importante na promoção da socialização entre os trabalhadores e suas famílias. Por meio dos eventos organizados pelas próprias cooperativas, adultos e crianças tiveram a oportunidade de se reunir, interagir e compartilhar momentos de convívio. Dessa forma, pode-se pensar que a presença das cooperativas holandesas nos Campos Gerais não apenas impulsionou a economia e criou empregos, mas também contribuiu para a inclusão social e proporcionou momentos de integração entre as comunidades de diferentes origens étnicas.

Além do aspecto econômico, as cooperativas também desempenharam um papel importante na promoção da socialização entre os trabalhadores e suas famílias. Por meio dos eventos organizados pelas próprias cooperativas, adultos e crianças tiveram a oportunidade de se reunir, interagir e compartilhar momentos de convívio. Dessa forma, pode-se pensar que a presença das cooperativas holandesas nos Campos Gerais não apenas impulsionou a economia e criou empregos, mas também contribuiu para a inclusão social e proporcionou momentos de integração entre as comunidades de diferentes origens étnicas.

Na segunda foto, podemos observar um homem negro em pé ao lado de uma máquina conhecida como desnatadeira manual. Essa máquina era utilizada para separar a nata do leite. A presença desse operário ao lado da desnatadeira sugere que ele provavelmente desempenhava a função de operador deste equipamento.

Durante esse período de industrialização, a fábrica de laticínios de Carambeí experimentou uma série de mudanças significativas em sua estrutura física e em suas operações. Uma transformação importante que ocorreu foi a transição da construção em madeira para a construção em alvenaria. Essa mudança na estrutura física da fábrica foi um marco importante, pois a construção em alvenaria oferecia maior durabilidade e estabilidade em comparação com a estrutura de madeira anterior. Além disso, a construção em alvenaria permitiu a expansão das instalações, proporcionando mais espaço para acomodar o crescimento da produção e o uso de máquinas. Falando em máquinas, durante essa fase de industrialização, a fábrica de laticínios também adquiriu novas máquinas para melhorar e otimizar seus processos de produção. Esses equipamentos desempenharam um papel fundamental na modernização, aumentando a eficiência e a capacidade de produção.

É importante ressaltar que essas mudanças ocorreram em um contexto em que a colônia de Carambeí recebia o cônsul holandês. Essa visita indicava a importância e o reconhecimento que a fábrica de laticínios estava alcançando naquela época, tanto a nível local quanto internacional.

Piquenique a cavalo

As relações sociais na colônia não se limitavam apenas ao ambiente de trabalho. No livro de comemoração aos 75 anos de Carambeí, é mencionado um aspecto interessante da vida dos habitantes da colônia: os momentos de lazer. O piquenique chamado de “segundo-dia-de-festa”, que ocorria nos dias seguintes aos feriados cristãos, como a Páscoa, Pentecostes e Natal, reunia toda a comunidade para celebrar e se divertir. Os jovens desempenhavam um papel importante na organização desses eventos, preparando programas com música, declamações e teatros. Além disso, um dos destaques era a montagem de cavalos, sendo que alguns cavaleiros eram considerados mestres nessa atividade pelo próprio autor. A foto acima é uma cena da década de 1930 que mostra um grupo de cavaleiros se dirigindo a um desses piqueniques. É interessante observar que o grupo é diverso, com a presença de negros e caboclos, é interessante ver como todos estão a cavalo, demonstrando que todos tem a princípio o mesmo objetivo: chegar à festividade e possivelmente participar da montagem de cavalos.

                                                                              

 

Essas interações persistem ao longo dos anos, com a presença contínua de trabalhadores negros na fábrica, o que acaba refletindo em uma maior integração social. Além disso, as festas promovidas pela cooperativa entre seus funcionários fortaleceram ainda mais essas relações de sociabilidade entre amigos e colegas de trabalho. Os torneios esportivos entre os funcionários, onde muitos praticavam esportes individuais e coletivos, criando assim uma relação de parceria entre vários indivíduos de grupos étnicos diferentes.

 

             

 

É possível observar que a presença de pessoas negras se torna constante nas fotografias da cooperativa, o que indica que, apesar das dificuldades enfrentadas por esse grupo no passado, alguns indivíduos conseguiram se inserir e progredir, formando famílias na cidade de Carambeí.

 

 

Na foto seguinte, podemos observar que retrata uma cena de mímica durante uma celebração religiosa. Há três meninas, duas das quais são negras, realizando uma performance que parece atrair a atenção de um grupo de crianças. Essa imagem é significativa, pois evidencia que não apenas pessoas negras participavam das práticas religiosas, mas também estavam envolvidas na organização e realização dos eventos dentro da Paróquia Imaculada Conceição. Além disso, a presença de crianças indica que a comemoração possivelmente era direcionado a esse público específico.

 

É fundamental reconhecer e valorizar a diversidade étnica e cultural nas práticas religiosas, bem como a participação de pessoas de diferentes origens em festas comunitárias. Essa foto ilustra um exemplo de inclusão e mostra como a religião pode unir pessoas de diversas origens e idades.

As fotografias examinadas evidenciam a presença e a participação de pessoas de diversas origens étnico-raciais, incluindo indivíduos negros, em diferentes contextos, como no trabalho, seja ele nas fábricas da cooperativa, ou nas propriedades dos cooperados, celebrações religiosas e eventos. Essas imagens fornecem uma representação visual da riqueza da diversidade étnica que tem resistido ao longo dos anos e que desempenhou um papel significativo na formação da identidade cultural de Carambeí.

Com essas fotografias, é possível perceber a importância de reconhecer e valorizar a contribuição desses diferentes grupos para o desenvolvimento e crescimento da cidade. Essa diversidade étnica e cultural enriquece o tecido social de Carambeí, fortalecendo os laços comunitários e promovendo a coexistência entre os diferentes grupos presentes na cidade.

Essa pesquisa, baseada nas fotografias do acervo do Museu Parque Histórico de Carambeí, oferece uma perspectiva valiosa sobre a formação da população atual da cidade, destacando a pluralidade étnico-racial que tem sido um elemento central na construção da identidade local. Por meio dessa análise, é possível compreender melhor a história de Carambeí e valorizar a diversidade como um patrimônio cultural a ser preservado e celebrado.

 

REFERÊNCIAS

KOOY, Hendrik Adrianus. Carambeí 75 anos. [S.l.]: [s.n.], [s.d.].

SATO, Áureo de Jesus et al. Formação Histórica de Carambeí: Etnias, cultura e Território. Carambeí: Prefeitura Municipal de Carambeí, 2008.

SAINT HILAIRE, Auguste Du. Viagem a Curitiba e Santa Catarina. Prefácio Mário G. Ferri. Tradução: Regina Regis Junqueira. Belo Horizonte; São Paulo: Editora Itatiaia; Editora da Universidade de São Paulo, 1978.

Coordenadoria do Patrimônio Cultural. Fazenda Capão Alto. Curitiba: SECE, 1985. (Cadernos do Patrimônio. Série: estudos, 1). Reeditado por Kugler artes gráficas LTDA.

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EDITAL DE ESTÁGIO – PROCESSO SELETIVO SETOR EDUCATIVO CULTURAL

A Associação Parque Histórico de Carambeí, abre inscrições para contratação de estagiário (a), para atuação no Setor Educativo Cultural, conforme descrito abaixo:

I) Para estudantes do curso:

História – Licenciatura

Artes visuais – Licenciatura

II) Perfil do Estudante: Boa oratória e comunicação, pró atividade, curiosidade, interesse em pesquisa e leitura nas áreas de atuação do museu é fundamental; bom relacionamento em equipe e interesse em práticas de educação não formal.

  • Disponibilidade: 30 horas semanais no período de terça a domingo, período matutino e vespertino, de acordo com escala.
  • Para licenciandos em artes visuais, a jornada será somente no período matutino em dias de semana e integral nos finais de semana.
  • Requisitos: acadêmicos regularmente matriculados nos cursos mencionados;
  • Inscrições: Do dia 06 de Novembro ao dia 24 de Novembro
  • A contratação tem período de 1 ano podendo ser prorrogado para mais 1 ano.
  • Contato: [email protected]

 

Escopo de Atividades

Atendimento ao público espontâneo;

Atendimento ao público de visitas presenciais;

Participação em produtos audiovisuais educativos

Interlocução/apoio na criação e na construção de: roteiros das visitas mediadas e de outras ações educativas;

Apoio geral na execução de atividades educativas;

 

Para realizar a inscrição, o (a) estudante candidato (a) deverá enviar para o e-mail [email protected].br com o título VAGA ESTÁGIO SETOR EDUCATIVO CULTURAL e os seguintes documentos: Curriculum Vitae e extrato de matrícula.

1) Para inscrever-se, o (a) estudante-candidato (a) ao estágio deverá estar regularmente matriculado (a) e com frequência no curso.

2) O estágio terá início a partir da data e assinatura do contrato.

3) Ao final do estágio o (a) estagiário (a) receberá CERTIFICADO.

4) O (A) estagiário (a) receberá, mensalmente, a bolsa de complementação educacional + vale transporte Ponta Grossa-Carambeí/Carambeí-Ponta Grossa, caso seja viagem intermunicipal. Será considerada, para efeito de cálculo do pagamento da bolsa, a frequência mensal do estagiário.

5) A entrevista será marcada pelo e-mail.

6) O resultado do Processo Seletivo será divulgado pelo e-mail dos candidatos.

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EDITAL DE PROCESSO SELETIVO – ESTÁGIO SETOR ACERVOS

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO – SETOR DE ACERVOS

 

A Associação Parque Histórico de Carambeí, abre inscrições para contratação de estagiário (a), para atuação no Setor de Acervos conforme descrito abaixo:

 

I) Para estudantes do curso: História – Bacharelado e Licenciatura

Perfil: Habilidade para trabalhar em equipe, suporte proativo, boa comunicação, escrita, iniciativa, interesse em pesquisa e processos museológicos.

 

II) Perfil do Candidato (a):

  • Disponibilidade: 20 horas semanais no período de segunda à sexta-feira, com disponibilidade para eventuais horários adicionais.
  • Requisitos: acadêmicos que estão cursando do 1º ao 3º ano.
  • Inscrições: 25 de outubro a 3 de novembro de 2023.
  • A contratação tem período de 6 meses podendo ser prorrogado.
  • Contato: [email protected]

Atividades a serem desempenhadas:

  • Atuar na conservação preventiva em acervo tridimensional e bidimensional;
  • Arrolamento de acervo;
  • Monitoramento ambiental de reserva técnica e alas expositivas;
  • Digitalizações e registros fotográficos do acervo;
  • Auxiliar no Setor de Acervos do Museu em todas as suas atividades;

 

Para realizar a inscrição, o (a) estudante candidato (a) deverá enviar para o e-mail [email protected] os seguintes documentos: Curriculum Vitae e documentos comprobatórios e com título VAGA SETOR DE ACERVOS.

 

1) Para inscrever-se, o (a) estudante-candidato (a) ao estágio deverá estar regularmente matriculado (a) e com frequência no curso.

2) O estágio terá início a partir da data e assinatura do contrato.

3) Ao final do estágio, o (a) estagiário (a) receberá CERTIFICADO.

4) O (A) estagiário (a) receberá, mensalmente, a bolsa de complementação educacional + vale transporte Ponta Grossa-Carambeí/Carambeí-Ponta Grossa, caso seja viagem intermunicipal. Será considerada, para efeito de cálculo do pagamento da bolsa, a frequência mensal do estagiário.

5) A entrevista será marcada, pelo e-mail e telefone, se necessário.

6) O resultado do Processo Seletivo será divulgado pelo e-mail dos candidatos.

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Casa da Memória do Parque Histórico reabre ao público

No simbolismo da Primavera dos Museus, no dia 22 de setembro, a Associação Parque Histórico de Carambeí recebeu autoridades e a comunidade para prestigiar o desabrochar da memória. A Casa da Memória, primeira ala museal, reabriu ao público após quatro meses de reforma estrutural.

O antigo estábulo, construído em 1946 pela família de Geus, é um símbolo importante para Carambeí. A primeira estrebaria em alvenaria representa o patrimônio histórico e cultural. Com a arquitetura típica holandesa apresenta a prática leiteira e todo o legado cultural do grupo de imigrantes e, por esse motivo, abriga a memória e parte da história da cidade.

A única edificação original do museu preserva marcas do uso, no local onde os animais eram tratados. Para salvaguardar a história, a memória e o acervo institucional o antigo estábulo passou por uma reforma. Os ambientes expositivos foram mantidos conforme a organização estabelecida pelos fundadores da Associação Parque Histórico de Carambeí. A novidade é um espaço para exposições temporárias que trará dinamismo à ala museal, cujo objetivo é de aproximar o público e contar a história da imigração com diferentes peças que são acondicionadas no acervo institucional.

O antigo estábulo foi um espaço de sociabilidade para a comunidade da Colônia Carambeí. No piso superior aconteciam eventos sociais. Após 77 anos de construção da edificação e 22 anos de inauguração da Casa da Memória, o antigo estábulo continua sendo esse espaço de sociabilidade, com o Koffiehuis Confeitaria e Restaurante Parque Histórico de Carambeí.

Equipe do Museu Parque Histórico

Serviço:

A Casa da Memória abre de terça a domingo, das 10h às 17h, no horário de visitação Parque Histórico de Carambeí. Mais informações e agendamentos de grupos pelo telefone 42 98433-4639.

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EDITAL DE PROCESSO SELETIVO ESTÁGIO EDUCATIVO

A Associação Parque Histórico de Carambeí, abre inscrições para contratação de estagiário (a), para atuação no Setor Cultural Educativo, conforme descrito abaixo:

  1. I) Para estudantes do curso:

História – Licenciatura

Artes visuais – Licenciatura

  1. II) Perfil do Estudante: Boa oratória e comunicação, pró atividade, curiosidade, interesse em pesquisa e leitura nas áreas de atuação do museu é fundamental; bom relacionamento em equipe e interesse em práticas de educação não formal.
  • Disponibilidade: 30 horas semanais no período de terça a domingo, período matutino e vespertino, de acordo com escala.
  • Requisitos: acadêmicos regularmente matriculados nos cursos mencionados;
  • Inscrições: Do dia 09 de Setembro ao dia 2 de Outubro
  • A contratação tem período de 1 ano podendo ser prorrogado para mais 1 ano.
  • Contato: [email protected]

 

Escopo de Atividades

Atendimento ao público espontâneo;

Atendimento ao público de visitas presenciais;

Participação em produtos audiovisuais educativos

Interlocução/apoio na criação e na construção de: roteiros das visitas mediadas e de outras ações educativas;

Apoio geral na execução de atividades educativas;

 

Para realizar a inscrição, o (a) estudante candidato (a) deverá enviar para o e-mail [email protected].br com o título VAGA ESTÁGIO EDUCATIVO e os seguintes documentos: Curriculum Vitae e extrato de matrícula.

1) Para inscrever-se, o (a) estudante-candidato (a) ao estágio deverá estar regularmente matriculado (a) e com frequência no curso.

2) O estágio terá início a partir da data e assinatura do contrato.

3) Ao final do estágio o (a) estagiário (a) receberá CERTIFICADO.

4) O (A) estagiário (a) receberá, mensalmente, a bolsa de complementação educacional + vale transporte Ponta Grossa-Carambeí/Carambeí-Ponta Grossa, caso seja viagem intermunicipal. Será considerada, para efeito de cálculo do pagamento da bolsa, a frequência mensal do estagiário.

5) A entrevista será marcada pelo e-mail.

6) O resultado do Processo Seletivo será divulgado pelo e-mail dos candidatos.

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Museu Parque Histórico abre inscrição para Oficina prática ‘História com Sabor e Tradição’

Workshop de cozinha com história apresentará as dinâmicas culturais em torno do alimento.

A Semana de Patrimônio do museu Parque Histórico de Carambeí acontecerá entre os dias 15 e 18 de agosto. Neste período, a instituição contará com uma programação especial e a entrada para visitação será gratuita.

No dia 18 de agosto, das 14h às 16h, acontecerá a oficina ‘História com Sabor e Tradição’ ministrada por Felipe Pedroso, historiador e curador no Parque Histórico. Felipe é pós-graduado em Gastronomia Internacional e desenvolve pesquisas e exposições voltadas ao campo da história e cultura da alimentação. A atividade que integra a programação do evento é destinada a todos os públicos. As vagas são limitadas e as inscrições estão disponíveis pelo https://forms.gle/F5ZM7HeCTrhYW54u9 .
“As pessoas que visitam o museu e o Koffiehuis Confeitaria e Restaurante eventualmente questionam sobre a cultura e presença indonésia na cidade. Com a realização de uma oficina prática, explicarei de forma muito saborosa o contexto histórico desta presença e os significados de dois pratos Indonésios praticados entre os imigrantes e descendentes que se estabeleceram em Carambeí”, relata.

Pedroso, comenta que o curso apresenta conceitos e métodos da matriz culinária indonésia. “Essa é uma forma de transmitir esse conhecimento, apresentar a cultura alimentar desse grupo, mas também de proporcionar uma imersão gustativa na exuberante cozinha do sudeste asiático”.

Para finalizar, conta que as tradições alimentares de grupos imigrantes, as transformações culturais sofridas no processo de deslocamento e os ingredientes inseridos nessa nova realidade tornam a gastronomia local mais dinâmica, diversa e repleta de influências. “Patrimônio alimentar refere-se às tradições culinárias e alimentos associados a uma determinada cultura. A imigração tem importante papel nessa herança, foi este intenso processo migratório que introduziu e ainda introduz novos sabores, aromas e diferentes práticas alimentares na região dos Campos Gerais”, expõe o curador.

 

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VAGA ATENDENTE – KOFFIEHUIS PARQUE HISTÓRICO

O Koffiehuis Confeitaria e Restaurante do Parque Histórico de Carambeí abre inscrições para vaga de atendente.

  1. I) Vaga:
  • Quantidade : 1
  • Local: Koffiehuis Confeitaria e Restaurante Parque Histórico de Carambeí
  1. II) Perfil:
  • Disponibilidade para trabalhar finais de semana e feriados
  • Boa comunicação
  • Pró-atividade
  • Organização
  • Domínio de língua portuguesa
  • Ter experiência é diferencial
  • Ensino Médio completo
  • Inscrições: até o dia 11/08/2023 pelo e-mail [email protected]

III) Funções:

  • Atuar no atendimento ao público
  • Recepção de público
  • Apresentar os produtos
  • Realizar organização de prateleiras
  • Estocagem e organização do local
  • Montar mesas de acordo com o padrão do estabelecimento
  • Zelar e ser responsável pela manutenção e higienização de todo o material do Koffiehuis (talheres, louças, copos e outros).

 

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O Barroco Holandês é tema da nova exposição do Parque Histórico

 

Exposição Barroco Holandês – Identidade Imigrante

A mostra retrata um período histórico que deixou um legado para os Países Baixos e está atrelada a identidade da imigração holandesa em Carambeí.

A Idade de Ouro Holandesa, entre os séculos XVII e XVIII, foi um período de prosperidade econômica e cultural para os Países Baixos. Essa época ficou conhecida pelo Barroco Holandês, e está representada na nova exposição realizada pelo museu Parque Histórico de Carambeí. Abrirá ao público a partir do dia 18 de julho, de terça a domingo das 10h às 17h.

Nesse período, a Holanda tornou-se um polo cultural. Na pintura, arquitetura e esculturas os artistas reproduziam símbolos tradicionais neerlandeses, representação da vida cotidiana e dos indivíduos comuns. Retrataram aspectos históricos, sociais, religiosos e artísticos que foram revolucionários e influenciaram a arte ocidental.

Felipe Pedroso, historiador e curador, descreve o contexto em que esse movimento se desenvolveu e de como refletiu na imigração holandesa no município.

“O Barroco Holandês, uma expressão artística que floresceu na Holanda durante o século XVII deixou um legado marcante no mundo da arte e da cultura. Essa influência também se estendeu até o Brasil do século XX e XXI com a chegada dos imigrantes batavos. As obras do barroco holandês do século XVII retratam elementos distintos da cultura holandesa da época, que podem ser relacionados à cultura e identidade dos imigrantes que se estabeleceram em Carambeí”, expõe Pedroso.

Montada em um dos ambientes da Casa Holandesa, construção que fica na entrada da ala museal da Vila Histórica e introduz esse momento histórico dos Países Baixos. A expografia da exposição conta com reproduções de obras significativas do movimento, trazendo a riqueza dos detalhes e as cores vibrantes utilizadas pelos artistas, em contrapartida, uma seleção de peças do acervo da instituição, proporcionarão ao público uma imersão no contexto proposto trazendo reflexões sobre permanências e rupturas.

“A identidade do imigrante holandês em Carambeí está atrelada ao período da Era de Ouro da Holanda, ou seja, ao Barroco do século XVII, é nele que se gestam alguns dos traços marcantes dessa cultura que permanece viva em Carambeí. A exposição tem esse objetivo, mostrar o dinamismo cultural e as relações com períodos específicos que acabam sendo esquecidos ou naturalizados no processo de deslocamento do imigrante”, o curador explica a relação entre esse período, os holandeses em Carambeí e a dinâmica cultural.

Um item curioso nas exposições do museu, presente na Casa da Memória e na Casa Holandesa é o tapete utilizado como toalha de mesa. A peça decorativa remete a temporalidade apresentada na exposição, conta o historiador. “Um elemento frequentemente representado nas pinturas do Barroco Holandês é o tapete sobre a mesa. Esses tapetes eram tecidos luxuosos, muitas vezes com detalhes que denotavam a riqueza e o bom gosto dos proprietários. Eles também eram considerados símbolos de status social e eram exibidos com orgulho nas casas. A presença desses tapetes nas obras de arte reflete a importância do conforto na cultura holandesa do século XVII. Na comunidade de Carambeí, os imigrantes holandeses também valorizaram a decoração de suas casas com tapetes e outros itens que expressavam sua identidade”.

A tradicional porcelana holandesa azul e branca, encontrada nas casas dos imigrantes e descendentes de holandeses é retratada nas obras desse período. “Outro elemento cultural notável retratado nas pinturas do barroco holandês é a porcelana azul e branca. A porcelana de Delft, como é conhecida, era uma das principais exportações da Holanda na época. As cenas nas pinturas frequentemente apresentam jarras, pratos e outros objetos de porcelana azul e branca, demonstrando a apreciação dos holandeses por essas peças de cerâmica distintas. Essa porcelana era considerada um símbolo de prestígio e era amplamente exibida nas casas. Em Carambeí, os imigrantes holandeses também mantiveram essa característica, trazendo consigo a porcelana de Delft e valorizando-a como um lembrete de sua herança cultural”, expõe Pedroso.

Nesse período, a Holanda se desenvolveu economicamente com o comércio marítimo e se tornou uma das principais potências comerciais e navais da Europa. A tolerância religiosa e política atraiu muitos imigrantes e intelectuais para o país.

Para conhecer a Idade de Ouro Holandesa e o legado que deixou para a imigração em Carambeí visite o museu Parque Histórico, prestigie a exposição O Barroco Holandês – Identidade Imigrante.

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Parque Histórico lança nova Ação Educativa

A atividade lúdica proporciona aos estudantes uma viagem no tempo para conhecer a história de Carambeí, a partir do segundo semestre estará disponível para os grupos escolares agendados com antecedência.

Visitar o museu Parque Histórico de Carambeí, conhecer cada um dos cenários que compõe a Vila Histórica, que é a ala museal que reproduz a antiga colônia de imigrantes, proporciona uma viagem no tempo. Com o intuito de oportunizar ao público escolar a vivência da história e cultura dos imigrantes no município, o Núcleo Educativo criou a ação educativa Volta ao Passado.

Para essa atividade, os integrantes do Núcleo Educativo escolhem um personagem e colocam uma roupa antiga, das décadas de 1911 a 1950. Em cada um dos cenários, os visitantes encontram um figurante ocupando o papel de um morador, um viajante, pastor, alguém que fez parte da história de Carambeí e que relata como era a vida na antiga colônia.

Com o intérprete do homem do campo, os estudantes aprendem sobre agricultura, a técnica do plantio direto e as dinâmicas socioculturais relacionadas ao campo. Na igreja, o pastor fala em alemão e em português, com um sotaque arrastado, conta sobre a religiosidade e o surgimento da tradição das tortas. O morador da chácara conta como era simples a vida na colônia, os trabalhos e as famílias numerosas, e saudoso recorda como pegou cada uma das borboletas que estão em exposição no museu. Na escola, a professora explica como era a educação em turmas multidisciplinares e como o estudo fez parte da vida dos imigrantes. O ex-escravo narra como ensinou os imigrantes holandeses a plantar, como utilizava as plantas como medicação natural, lembra da relação afetuosa com os neerlandeses e os outros moradores de Carambeí.

Volta ao Passado é uma mediação pensada para o público infantil, levando em consideração os conteúdos abordados durante o Ensino Fundamental I, através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O historiador e coordenador do Núcleo Educativo do museu Parque Histórico de Carambeí, Lucas Kugler explica que a ação educativa foi desenvolvida. “O seu objetivo é criar um diálogo lúdico e interativo a respeito da imigração holandesa em Carambeí, evidenciando também os outros grupos étnicos presentes na cidade”, ainda relata que a atividade foi idealizada por uma estagiária. “A ação educativa iniciou com um esboço proposto pela estagiária Laura Marchesini, no final do ano de 2022, estabelecendo fundamentos e abordagens lúdicas para determinados pontos da mediação”.

A ação educativa foi lançada no mês de junho para atender um grupo com 100 alunos. “Trabalhar com grupos grandes é sempre um desafio, pois prezamos por uma experiência marcante e de qualidade. O formato cênico da ação possibilita uma visitação mais fluida e divertida”, relata o historiador.

Volta ao Passado foi testada, o público aprovou, a partir do segundo semestre integrará o catálogo de atividades destinadas aos grupos escolares.

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