Bem-vindos ao fascinante mundo dos tratores, um capítulo de fundamental importância na história do desenvolvimento de Carambeí e região. Muito além das memórias do campo, veremos como esses gigantes de aço não apenas revolucionaram as práticas agrícolas, mas também se tornaram símbolos de progresso e resiliência em nossa comunidade. Prepare-se para uma viagem através do tempo, descobrindo histórias e inovações que os tratores trouxeram para a nossa terra.
Nesta página você encontrará:
- Imigração e Agricultura
- Tratores e Maquinários
- Irati
- Agricultura em Carambeí
- Força Animal – Não Humana
- Arado
- Erosão e Plantio Direto
- Introdução ao Plantio Direto em Carambeí
- Surgimento dos Tratores
- Brasil e Tratores
- Semeadeiras
- Linha do Tempo
- Colheitadeiras
- Sociabilidade
- Da História a Diversão
A exposição virtual no site dos Tratores, Maquinários e Implementos Agrícolas do Museu Parque Histórico de Carambeí, retrata a vida no campo e a transformação da paisagem dos Campos Gerais. O acervo do museu apresenta peças que representam os processos e experiências vividas pelos habitantes do município.
As peças expostas carregam a memória da vida na colônia, mostrando as técnicas e ferramentas utilizadas no dia a dia da agricultura. O surgimento da mecanização agrícola teve como objetivo agilizar o trabalho no campo e aumentar a eficiência das atividades laborais. A introdução de tratores e outras máquinas agrícolas substituiu a mão de obra animal e humana, resultando em um aumento significativo da produtividade de alimentos.
No entanto, essas mudanças também trouxeram desafios relacionados à sustentabilidade ambiental, uso de recursos naturais e impactos socioeconômicos nas comunidades rurais. A exposição virtual destaca a interação complexa entre fatores econômicos, tecnológicos e sociais na agricultura. Além disso, ressalta a importância de preservar a memória e a história do mundo rural.
IMIGRAÇÃO E AGRICULTURA
O governo brasileiro incentivou a vinda de agricultores, especialmente europeus, para o país com o intuito de trazer mão de obra e tecnologia do campo como maquinários e ferramentas inovadoras para o setor agrícola. Essa estratégia visava ocupar áreas remotas e estabelecer novos assentamentos rurais, com o objetivo de modernizar a agricultura e expandir a fronteira agrícola.
Na visão dos dirigentes dos estados brasileiros a chegada dos imigrantes possibilitaria o aprimoramento do setor, a diversificação dos produtos e a introdução de novas plantas e técnicas de plantio consideradas modernas.
De fato, os processos migratórios trouxeram consigo ferramentas como arados e semeadeiras de tração animal, que foram utilizadas para o trabalho nas propriedades rurais. Não se pode considerar que a atuação dos trabalhadores do campo nesse momento era de grande proporção, pelo contrário, inicialmente, a agricultura nessas regiões recém-estabelecidas voltava-se principalmente para a subsistência e a produção de alimentos para o gado. A força de tração era realizada por bois, já que no início não havia cavalos suficientes disponíveis.
Com o passar do tempo, a introdução de máquinas mais potentes, como tratores, permitiu avanços significativos na agricultura. No entanto, é importante ressaltar que, nesse contexto inicial, a produção agrícola dependia principalmente da tração animal.
Essa interação entre os imigrantes e a agricultura contribuiu significativamente para o desenvolvimento do setor no Brasil, trazendo inovação, diversificação e melhorias nas práticas agrícolas.
TRATORES E MAQUINÁRIOS
Em Carambeí, uma variedade de maquinários foi utilizada de acordo com as necessidades e disponibilidade da época. Os tratores foram introduzidos pelos primeiros imigrantes na década de 1940 e eram considerados itens de luxo para o trabalho no campo.
Eles se mostraram extremamente versáteis e podiam ser utilizados em diversas atividades agrícolas, além de servirem como meio de transporte para as famílias quando necessário. Até 1947, havia apenas dois tratores com rodas de metal na região.
A área de terra cultivada na época era em torno de 1 hectare. Coincidentemente, a produção em larga escala deu um salto após esse período, com a chegada de tratores com rodas de pneus de borracha, o que permitiu expandir a área cultivável para 15 hectares.
Na década de 1950, houve uma tentativa de produção em grande escala com a cultura do arroz, onde cerca de 60 hectares foram dedicados a essa atividade. Apesar dos desafios relacionados ao solo e à infraestrutura, a agricultura em Carambeí começou a se desenvolver. Essa expansão na utilização de maquinários agrícolas, como tratores, refletiu um avanço significativo no aumento da produtividade e na capacidade de cultivo.
A introdução dessas tecnologias permitiu que os agricultores ampliassem suas áreas de produção, diversificassem as culturas e otimizassem os processos de trabalho no campo. Esses marcadores históricos destacam a importância dos tratores e outros maquinários na transformação da agricultura em Carambeí, impulsionando o crescimento e a modernização do setor agrícola.
IRATI
Família Verschoor em Gonçalves Junior – Irati PR/1909
Na colônia de Gonçalves Junior, em Irati, os primeiros agricultores que chegaram possuíam experiência em uma agricultura de clima temperado. No entanto, eles enfrentaram desafios ao tentar aplicar suas técnicas agrícolas em um ambiente tropical.
Houve relatos de tentativas fracassadas, como a anedota do plantio de feijão cozido. Os agricultores aprenderam com os nativos da região a trabalhar nas terras de matas de araucária, caracterizadas por solos fracos e rochosos.
É importante ressaltar a forte relação que foi estabelecida com a população local já presente nesse território, como os ditos ‘caboclos’.
De acordo com os habitantes locais, a forma mais eficaz de cultivo era abrir uma área na mata, queimar a vegetação e plantar sobre as cinzas. Essa técnica era conhecida como capoeira. Nessas áreas recém-abertas, os agricultores cultivavam feijão, milho, mandioca e batata-doce.
Essas culturas se adaptaram melhor às condições do solo e do clima da região, permitindo que os agricultores obtivessem sucesso em suas plantações.
Essa adaptação às condições locais e o aprendizado com os nativos foram fundamentais para os primeiros agricultores se estabelecerem e desenvolverem suas atividades, contribuindo para o crescimento e a sustentabilidade da colônia.
AGRICULTURA EM CARAMBEÍ
A produção de laticínios desempenhou um papel crucial na sustentação dos imigrantes em Carambeí. O solo local, diferentemente das terras férteis do norte do Paraná, apresentava características menos favoráveis à agricultura, o que inviabilizava a aquisição de tratores para lotes de 10 ou 15 hectares devido à falta de rentabilidade, considerando o alto custo desses equipamentos.
Além disso, o acesso a adubos químicos também representava um desafio devido ao preço elevado e à dificuldade de aquisição. No início, a agricultura em Carambeí era voltada para a subsistência e centrada na criação de gado leiteiro. Os produtos cultivados para alimentação dos rebanhos eram principalmente batata-doce, nabo e forragem.
A ração para os animais era composta por fubá (farinha de milho), caroço de algodão, farinha de trigo e sais minerais. Para fertilizar o solo, os agricultores produziam uma mistura de farinha de ossos e fosfato natural. Inicialmente, havia dúvidas sobre a possibilidade de desenvolver uma agricultura em grande escala devido à percepção de que o solo era infértil.
Houve algumas tentativas de atividade agrícola como a introdução de árvores frutíferas, mandioca e mamona, e todas fracassaram. Porém, na década de 1950, as famílias imigrantes começaram a experimentar o plantio de arroz, demonstrando que era possível realizar um trabalho mais intenso com a terra em Carambeí.
Apesar das dificuldades enfrentadas, muitos colonos seguiram os passos dos chamados ‘pioneiros’ e investiram no plantio. No entanto, havia limitações, como o solo restrito e a falta de recursos como maquinários e adubos químicos. A introdução da cultura do arroz, com o uso de tratores em substituição à tração animal, marcou uma mudança significativa na agricultura da região.
Na década de 1950, Carambeí já contava com 77 propriedades, abrangendo uma área total de 8.089 hectares de campo nativo e 384 hectares de lavouras. Com a expansão da atividade agrícola, algumas áreas de campo nativo foram aradas para dar espaço às plantações. Foi a partir desse período que a paisagem de Carambeí começou a se transformar devido à prática agrícola. A introdução das culturas de trigo e soja, mais lucrativas e adaptadas às condições locais, desempenhou um papel fundamental na superação dos desafios enfrentados anteriormente pelos agricultores de Carambeí.
Entre as décadas de 1960 e 1970, essas culturas impulsionaram a economia da região, fortalecendo o desenvolvimento agrícola. Com o passar do tempo, a agricultura se consolidou como a atividade central na economia de Carambeí, e a localidade ganhou reconhecimento como uma importante região produtora de grãos. Essa mudança na produção teve um impacto significativo no crescimento e desenvolvimento da cidade, tanto em termos econômicos quanto na transformação da paisagem rural.
A produção de trigo e soja trouxe benefícios econômicos, gerando renda para os agricultores e impulsionando o comércio local. A expansão dessas culturas levou ao aumento da demanda por infraestrutura e serviços relacionados à agricultura, como armazéns de grãos, cooperativas, empresas de transporte e processamento de alimentos.
A paisagem rural de Carambeí também foi afetada pela intensificação da produção agrícola. As áreas cultivadas com trigo e soja se expandiram, substituindo parte do campo nativo e transformando a paisagem com a presença de extensas plantações.
Essas mudanças refletem a adaptação dos agricultores às condições locais e a busca por culturas mais rentáveis e produtivas. Hoje, Carambeí é reconhecida como uma importante região agrícola no Paraná, contribuindo para o abastecimento de alimentos e para a economia do estado.
FORÇA ANIMAL NÃO HUMANA
A tração animal não humana tem sido uma prática essencial na agricultura, desempenhando um papel fundamental em diversas atividades, desde o preparo do solo até o transporte e escoamento da produção. Mesmo antes do uso de animais como força de trabalho, os primeiros agricultores utilizavam utensílios rudimentares, como pedras e ossos, para abrir o solo.
Até os dias de hoje, a tração animal é amplamente adotada, principalmente por pequenos produtores, devido à sua acessibilidade e viabilidade econômica. Apesar do surgimento de tecnologias e métodos alternativos ao longo do tempo, a tração animal mantém sua relevância na agricultura, contribuindo para as tarefas no campo e para o transporte de cargas agrícolas.
ARADO
O arado é um instrumento antigo e icônico na agricultura, usado há cerca de 5000 anos. Consiste em uma enxada ou pá acoplada a uma estrutura que serve para abrir sulcos no solo, preparando-o para o plantio. Essa ferramenta revolucionou a agricultura, permitindo que os agricultores trabalhassem a terra de forma mais eficiente. Ao longo dos séculos, o arado passou por transformações, mas sua função básica se manteve. Ele era originalmente puxado por bois ou outros animais de tração, aproveitando sua força para facilitar o trabalho humano. Essa combinação de arado e força animal trouxe uma grande melhoria na capacidade de cultivar a terra e aumentar a produção de alimentos.
No entanto, é importante reconhecer que o uso excessivo do arado pode ter impactos negativos no solo. O revolvimento constante do solo pode levar à compactação, erosão e perda de nutrientes valiosos.
Diante desses desafios, surgiu uma abordagem alternativa conhecida como Plantio Direto, que acabou aposentando essa ferramenta.
EROSÃO E PLANTIO DIRETO
Um dos principais desafios ambientais relacionados à agricultura é a degradação e a erosão do solo. Durante a atividade agrícola, o solo é constantemente impactado, o que pode torná-lo impróprio para o plantio e acarretar uma série de problemas para a biodiversidade. A fertilidade natural do solo em Carambeí já era baixa antes da década de 1950. Com a expansão da agricultura em grande escala, esses problemas se intensificaram, tornando necessário buscar novas técnicas para reduzir o impacto ambiental.
Os colonos de Carambeí ouviram falar de uma técnica que estava sendo adotada na região norte do Paraná e decidiram implementá-la nos Campos Gerais: o Plantio Direto. Essa técnica, também conhecida como no-tillage, teve origem no Reino Unido e nos Estados Unidos. A ideia era preservar os resíduos da cultura anterior, evitando o revolvimento do solo e o uso de arados. O Plantio Direto consiste em utilizar a palhada e os restos da cultura anterior como cobertura para o solo, dispensando a necessidade de arar a terra com máquinas pesadas. O uso de arado compacta o solo, causando erosão e perda de nutrientes. A erosão representa um problema significativo tanto para os agricultores quanto para o meio ambiente. Diante da inviabilidade das terras e do desgaste do solo, os colonos de Carambeí buscaram técnicas mais sustentáveis.
Em 1972, Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira, conhecido como Nonô, visitaram um agricultor em Rolândia-PR para observar o sistema que ele implementava em sua fazenda. Herbert Bartz, apelidado de “o alemão louco”, havia viajado para o Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha em busca de novas técnicas para enfrentar o problema da erosão e acabou conhecendo o Plantio Direto, uma forma de plantar sem revirar o solo. Ele começou a adotar esse sistema em sua propriedade e, após algum tempo, obteve resultados surpreendentes, como a recuperação do solo e o aumento da produção.
INTRODUÇÃO DO PLANTIO DIRETO EM CARAMBEÍ
Segundo o site WWF Brasil, “O Plantio Direto é uma das mais importantes iniciativas ambientais do Brasil em conformidade com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92) e da Agenda 21 brasileira. Essa prática também está alinhada com o que foi estabelecido no Protocolo Verde”. Dessa forma, a escolha pela prática do plantio direto entre os agricultores da região trouxe benefícios em uma via de mão dupla, com safras mais produtivas e com menor dano ao meio ambiente.
Em 1976, o Plantio Direto foi introduzido em Carambeí, inicialmente com o uso de uma máquina adaptada. Franke e Nonô foram responsáveis por disseminar a técnica do Plantio Direto na região dos Campos Gerais, com o apoio de várias instituições do estado do Paraná. O objetivo era pesquisar, divulgar e incentivar os agricultores a adotarem o SPD (Sistema de Plantio Direto).
Ao comparar o Plantio Direto com os métodos convencionais, os resultados são claros e positivos. Por exemplo, há uma redução na perda de água e na temperatura do solo, o que impede a sua compactação. Dessa forma, tornou-se possível controlar a erosão e preservar a qualidade do solo, proporcionando benefícios tanto para a produção agrícola quanto para o meio ambiente.
SURGIMENTO DOS TRATORES
A invenção do motor a vapor por James Watt em 1776 trouxe uma revolução na produção de alimentos. Com o advento da revolução industrial, a sociedade passou por transformações significativas, e a produção de alimentos deixou de ser meramente para subsistência, uma vez que a população crescia rapidamente. Foi nesse contexto que surgiram as primeiras máquinas de tração movidas a vapor, por volta de 1784, desenvolvidas por William Murdock. Essas máquinas começaram a ser utilizadas para arar o solo, substituindo o trabalho manual e a força animal.
Com o tempo, os avanços tecnológicos levaram à substituição das máquinas a vapor por tratores movidos por motores de combustão. Esses tratores, também conhecidos como máquinas de tração, representaram um marco na capacidade de produção de alimentos da humanidade.
A história da invenção do trator é marcada por diversas divergências. Em 1860, Jean Joseph Étienne Lenoir inventou o primeiro motor de combustão, com uma potência de 1 CV (cavalo vapor). Naquela época, os tratores ainda dependiam da força animal e eram puxados por cavalos, o que apresentava diversos desafios. Ao longo do tempo, os tratores foram aprimorados, surgindo modelos com esteiras que se mostraram eficientes e não ficavam presos em plantações, diferentemente dos modelos com rodas de ferro. Embora sua aparência visual tenha sofrido poucas alterações, ocorreram inúmeras modificações em termos de singularidade e adaptação para as diferentes necessidades agrícolas ao redor do mundo.
CURIOSIDADES
Os tratores são classificados de acordo com sua potência de motor, representada pelo símbolo de CV, Cavalo-Vapor. Essa definição faz referência à força animal do cavalo, que foi amplamente utilizada por muito tempo para movimentar e tracionar essas máquinas. Outro símbolo comumente usado para descrever a potência dos tratores é o HP (cavalo-vapor), uma unidade de medida presente nos equipamentos originários dos Estados Unidos e da Europa.
BRASIL E TRATORES
Até a década de 1960, todos os tratores utilizados no Brasil eram importados, tanto da Europa quanto da América do Norte. Nessa época, o número de tratores no país era baixo. No entanto, a partir dos anos 1960, com o incentivo do governo federal e a implementação do Plano Nacional da Indústria de Tratores Agrícolas, a fabricação de máquinas e tratores no Brasil teve um impulso significativo, resultando em um rápido aumento no número de tratores disponíveis.
Em 1970, o Brasil contava com um total de 165.870 tratores em seu território. A manutenção desses equipamentos era uma tarefa complexa, devido à disponibilidade limitada de peças de reposição e serviços especializados, o que restringia seu uso principalmente a algumas regiões do país. No entanto, essa realidade começou a mudar com a instalação de empresas voltadas para a produção de tratores no Brasil, o que facilitou o acesso dos agricultores a essas máquinas.
Acompanhando as políticas da revolução verde, houve um aumento significativo na produção agrícola do Brasil. Esse crescimento impulsionou um processo de industrialização da agricultura, embora muitos pequenos proprietários ainda continuassem a trabalhar suas terras de maneira tradicional. Essa transformação na agricultura também trouxe mudanças nas relações de trabalho no campo.
Na década de 1990, o Brasil já contava com aproximadamente 750 mil tratores, representando um grande avanço em apenas duas décadas. Essa expansão no número de tratores reflete não apenas o progresso tecnológico no setor agrícola, mas também a crescente demanda por máquinas que auxiliem na produção, aumentando a eficiência e a produtividade no campo.
SEMEADEIRAS
A semeadeira é um equipamento essencial para o lançamento preciso das sementes no solo. A sua criação surgiu no século 2 a.C. como uma alternativa ao método manual de semeadura. Através da semeadeira, tornou-se possível realizar o plantio de forma mais eficiente e na quantidade exata.
No ano de 1701, foi desenvolvida a primeira semeadeira mecânica, um marco significativo que aumentou a capacidade de produção em até 800%, mesmo com a operação manual. A partir de 1785, a utilização da tração animal passou a ser incorporada na semeadura, trazendo maior facilidade e eficiência ao processo.
No início do século XX, houve um avanço importante ao acoplar as semeadeiras às adubadeiras. Essa integração permitiu uma maior precisão tanto na distribuição de adubo quanto no lançamento das sementes, garantindo uma semeadura mais precisa e eficiente.
COLHEITADEIRAS
As colheitadeiras, também conhecidas como ceifeiras, são equipamentos fundamentais no processo de colheita agrícola. Os primeiros modelos surgiram no século XIX e eram movidos por tração animal. Eram pesadas, lentas e muitas vezes causavam danos ao solo devido à sua estrutura e funcionamento.
A partir da década de 1960, houve um grande avanço na popularização das colheitadeiras. Esses equipamentos passaram por importantes transformações tecnológicas, tornando-se mais eficientes e produtivos. Enquanto os modelos antigos colhiam em média 500 sacas por dia, atualmente as colheitadeiras modernas são capazes de colher em torno de 3 mil sacas por dia, representando um aumento expressivo na capacidade de colheita.
As máquinas atuais contam com sistemas de automação, sensores e dispositivos eletrônicos que permitem um controle mais preciso do processo de colheita. As colheitadeiras modernas são equipadas com mecanismos de ajuste que permitem a adaptação às diferentes condições do solo e das culturas, otimizando a eficiência e minimizando danos.
SOCIABILIDADE
O trator desempenhava um papel versátil, atuando tanto como uma ferramenta essencial para o trabalho, quanto como um meio de transporte. Nas fotografias preservadas no Acervo do Museu Parque Histórico de Carambeí (MAPHC), podemos encontrar diversos registros que retratam famílias utilizando o trator como meio de locomoção, inclusive para frequentar a igreja. Era comum que famílias mais prósperas possuíssem essa máquina, utilizada não apenas para fins laborais, mas também para momentos de lazer.
O trator também se tornou um meio de transporte prático e conveniente para as famílias. Ele possibilitava deslocamentos mais rápidos e confortáveis, especialmente em áreas rurais onde as estradas ainda estavam em desenvolvimento. Muitas famílias utilizavam o trator para ir à igreja, realizar visitas aos vizinhos ou participar de eventos sociais, proporcionando maior mobilidade e acessibilidade.
As fotografias do Museu Parque Histórico de Carambeí nos permitem vislumbrar a importância do trator na vida cotidiana das famílias rurais. Essa máquina não apenas desempenhava um papel crucial no trabalho agrícola, mas também proporcionava momentos de lazer e facilitava a mobilidade das pessoas. É um testemunho do progresso tecnológico e de como o trator se tornou um símbolo de transformação nas comunidades rurais.