Parque Histórico conta história da Festa Junina

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Os tradicionais festejos juninos que pipocam pelo Brasil são de origem europeia e apresentam o sincretismo religioso.

A Festa Junina surgiu na Europa e sua origem é o paganismo, era realizada em louvor aos deuses da fertilidade e da natureza. Acontecia no solstício de verão, na passagem das estações primavera e verão e no período da colheita.

Guilherme Castro, historiador e mediador do Núcleo Educativo do museu Parque Histórico de Carambeí, narra a origem das primeiras celebrações. “No início era feito um ritual para os deuses da natureza em agradecimento às colheitas e pedindo fartura e bênçãos, os principais símbolos remetem a esse passado pagão. Na dança do pau de fitas erguiam um mastro durante os cerimoniais; o casamento falso remetendo a união entre o sacerdote e a sacerdotisa dos rituais antigos”.

A tradição foi ressignificada pelo catolicismo e é realizada em honra a Santo Antônio, São João e São Pedro. Com o sincretismo religioso faz tributo a Ogum, Xangô e Oxóssi das religiões de matriz africana, que celebram no mesmo dia dos santos católicos. “Com a fogueira de São João, representada em muitas dessas festividades, agradecemos a fartura da colheita de um ano e pedindo boas colheitas para o ano vindouro. As bandeirinhas, antes com os santos estampados eram lavadas e a água molhava o público para a purificação”, explica o historiador.

No século XVI, os portugueses trouxeram para o Brasil a tradicional festividade. Guilherme relata como ela se espalhou por todo o território nacional. “As primeiras Festas Juninas brasileiras aconteceram na região Nordeste, principalmente nas áreas rurais, e a cultura sertaneja foi incorporada ao evento. Com o passar do tempo, as comemorações alcançam o país todo e com o êxodo rural, devido à alta industrialização no país na década de 70, começaram a se propagar nas regiões urbanas”.

Em um país multicultural, foram incorporados às celebrações elementos que identificam diferentes regiões. “No Paraná, comemoramos essas Festas Juninas, mas com um toque da nossa região. Os pinhões estão presente no cardápio, símbolo do mais famoso patrimônio natural do nosso Estado, a Araucária”, conta Castro, ainda cita outros elementos que foram acrescentados e que fazem parte da identidade da Festa Junina. “A animação das quadrilhas e o estilo da dança são originários das cortes aristocráticas europeias e adaptadas à realidade nacional. Os pratos típicos, voltados para as plantações, são baseados na culinária indígena e afro-brasileira”.

Para finalizar, o historiador convida a todos para prestigiar o evento realizado pelo Parque Histórico. “Agora que você conhece um pouquinho da história dos festerês pelo Brasil, prestigie o Arraiá do Parque, a maior festa caipira dos Campos Gerais. No dia 8 de julho, esperamos você e a sua família para uma animada comemoração da cultura nacional”.

Serviço:

No dia 8 de julho, das 14 às 22h, o museu Parque Histórico de Carambeí realizará o 10.º Arraiá do Parque e a entrada será gratuita. O evento é destaque na região dos Campos Gerais por preservar as tradições da cultura popular brasileira, com: apresentações de quadrilhas, música sertaneja de raiz caipira, brincadeiras, fogueira e cardápio típico de festa na roça.

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