Entrevista com Adrijan Los

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Descendente de famílias holandesas, Adrijan Los é filho de João Los e Guilhermina Verschoor Los. Foi casado com Ely Goltz Los, com quem teve 6 filhos, após 20 anos de casamento ficou viúvo. Há 42 anos é casado com Maria Teresa Eurich Los, tem uma filha desta união. Aos 88 anos, com 9 netos e 10 bisnetos, sua marca registrada é o bibico (um modelo de quepe feito de pano e com formato de navio) que usava com o uniforme da escola como complemento do guarda-pó, em 1950 quando serviu na Polícia do Exército no Rio de Janeiro e usa até os dias atuais.

Se associou a Cooperativa Batavo Agroindustrial em 1953, hoje Frísia Cooperativa Agroindustrial, relata sua trajetória de 67 anos de cooperado na pecuária de leite.

Como a Cooperativa fazia o controle da produção dos cooperados?

Cada cooperado tinha um número de inscrição que era marcado em seus latões de leite, assim era feito o controle da produção de cada um quando os latões chegavam na para o envase. Meu número é o 23, por esse cadastro a Cooperativa sabia a quantidade de leite eu entregava por dia, assim fazia com os outros cooperados.

Como era feito o transporte de leite?

Em frente as chácaras havia uma banca, na nossa tinha uma que eu fiz, onde os produtores deixavam o leite que no começo era transportado para de carroça. Anos mais tarde a Cooperativa passou a transportar o leite, os latões continuavam numerados e era deixados em frente as chácaras.

Havia confusão na entrega dos latões?

O caminhão trazia os latões vazios da coleta do dia anterior e levava os que estavam cheios, mas sempre havia troca de latões.

Ser um associado da Cooperativa fez diferença?

A cooperativa sempre ajudou muito, sem ela não havia como vender o leite particular. Meu pai no começo fazia queijo e era difícil vender porque precisava ir de trem para Curitiba, às vezes o queijo já chegava lá estragado. Com a cooperativa melhorou muito.

Como era a ordenha?

Antigamente tínhamos que tirar leite com a mão. Era sentado num banquinho, com um balde entre as pernas que a ordenha era feita, usávamos as duas mãos para esgotar o leite, era um trabalho cansativo e as vacas não produziam tanto leite como hoje. O trato das vacas era batata doce e ração balanceada. Só depois veio o milho para fazer silo.

Apesar do trabalho pesa havia diversão?

Era uma diversão para as crianças, empurrar o carrinho de leite que eu puxava cheio de latões até o portão, mas depois eu trazia as crianças de carona no carrinho vazio e até o cachorro vinha junto.

Nesses anos, existe algum momento que ficou marcado?

Lembro que em 1966 uma tempestade com fortes ventos derrubou a estrebaria de madeira. Tivemos que levar as vacas e tirar leite na chácara do meu irmão Guilherme, foram aproximadamente 3 meses até eu, com a ajuda dos meus irmãos, conseguisse construir uma nova estrebaria.

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