Parque Histórico mapeou os patrimônios de Carambeí

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O projeto realizado pelo Núcleo Educativo contou com a participação dos alunos da Rede Municipal de Ensino.

O Núcleo Educativo do museu Parque Histórico de Carambeí, em parceria com a Rede Municipal de Ensino, mapeou os patrimônios da cidade. Com o projeto Mapa do Patrimônio, a equipe rompeu as fronteiras do museu para atuar dentro da comunidade.

Lucas Kugler, historiador e coordenador do Núcleo Educativo, explica que a ação teve inspiração em um programa do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (IPHAN). “O projeto pautado na metodologia de Inventário Participativo, proposto pelo IPHAN, que torna a comunidade local protagonista ao inventariar patrimônios culturais que a representam. Adaptamos à realidade local, no intuito de aproximar a população”.

A atividade com as escolas iniciou no ano de 2022 e finalizou no mês de março de 2023, com a criação de um hotsite do Mapa do Patrimônio. Participaram cerca de 230 alunos de cinco escolas municipais: Geralda Harms, José Pedro Novaes, Theresa Gaertner, Joanna Harms, Limpo Grande e Santa Cruz.

“Iniciamos o projeto com uma capacitação para os professores da Rede Municipal de Ensino, realizada no primeiro semestre de 2022. Na segunda etapa, produzimos cinco vídeos educativos e disponibilizamos para que fossem trabalhados os conteúdos em sala de aula. O material ilustra os conceitos de patrimônios materiais, imateriais e naturais, assim como instruir o processo de pesquisa direcionado aos alunos”, relata do historiador.

A entrega da ficha preenchida pelos alunos, com informações a respeito do patrimônio elencado pela turma, marcou a última etapa do projeto. O que chamou a atenção da equipe do museu foi que algumas escolas identificaram os mesmos patrimônios. “A Capela Imaculada Conceição, do Catanduvas, foi registrada como patrimônio por escolas diferentes. Isso demonstra que na comunidade havia um reconhecimento deste bem cultural como pertencente a história da formação de Carambeí”, comenta Kugler.

A formação de Carambeí é plural, composta por diversos sujeitos históricos. O historiador comenta que a população não sente essa representação dentro da instituição museal e que é necessário estabelecer um diálogo entre as partes. “Nem todos se sentem representados pelos patrimônios preservados pelo museu, os quais dialogam principalmente com a cultura imigrante. Isso acontece porque a memória também é uma construção coletiva e ela pode ser representada através dos patrimônios preservados pela comunidade. Para isso acontecer, é fundamental que o conceito de patrimônio e as suas múltiplas formas sejam discutidos. É por meio do diálogo que a construção dessa ação se faz presente”, expõe.

A atividade resultou na criação do hotsite Mapa do Patrimônio, que está disponível no link aphc.com.br/mapa-do-patrimonio Somente as fichas que cumpriram com a metodologia proposta tiveram o seu material publicado. Essa é uma ação colaborativa e no decorrer do tempo será complementada com patrimônios que serão identificados pelos carambeienses.

“O projeto está longe de ser concluído. Ele é constante, assim como os usos e apropriações que a comunidade designa para os seus patrimônios. Ao longo dos próximos anos, um banco de dados será aberto para a inserção de outros patrimônios reconhecidos pela população, permitindo assim um mapeamento da memória e dos bens culturais de Carambeí de forma ampla, dialógica e democrática”, afirma Lucas.

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